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Os melhores e piores investimentos de outubro

Confira o ranking das aplicações financeiras de renda fixa e variável que mais renderam no mês

Dinheiro no bolso: títulos públicos lideraram com folga o ranking de aplicações no mês (exame.com)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2014 às 09h18.

São Paulo – Os títulos públicos lideraram com folga o ranking de investimentos do mês de outubro, e ocuparam as sete primeiras posições da lista.

As Notas do Tesouro Nacional (NTNs) figuram entre as quatro aplicações com maior rentabilidade. A mais rentável foi a NTN-B Principal com vencimento em 2035, que registrou alta de 3,34% no mês, seguida pela NTN- F com vencimento em 2025, que rendeu 2,19% no mês.

De acordo comLuiz Jurandir Simões,professor de finanças da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), os títulos públicos correspondem a cerca de 80% do mercado de renda fixa .

"Após os resultados das eleições para presidente e a reeleição da presidente Dilma Roussef (PT), a tendência é de que essas aplicações financeiras continuem sendo um reduto para investidores durante algum tempo", diz o professor.

"O atual governo fez intervenções em alguns setores da economia. Portanto, investimentos em renda variável são mais arriscados neste cenário incerto para as empresas", completa Simões.

Veja na tabela a seguir o ranking do desempenho de algumas das principais aplicações financeiras em outubro e no acumulado do ano:

AplicaçãoDesempenho em outubroDesempenho no ano
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035)*3,34%19,55%
NTN-F (vencimento em 01/01/2025)*2,19%-
NTN-B (vencimento em 15/08/2050)*2,16%15,79%
NTN-B (vencimento em 15/05/2035)*1,95%15,26%
LTN (vencimento em 01/01/2018)*1,37%-
NTN-F (vencimento em 01/01/2017)*1,22%10,22%
LFT (vencimento em 07/03/2015)*0,95%8,9%
Selic*0,949%8,92%
Ibovespa0,94%6,05%
Fundos referenciados DI*0,92%8,87%
LTN (vencimento em 01/01/2015)*0,91%8,75%
CDI*0,90%8,80%
LFT (vencimento em 07/03/2017)*0,88%8,79%
Fundos de Renda Fixa*0,86%9,40%
Fundos Multimercados Juros e Moedas*0,82%8,49%
NTN-B (vencimento em 15/05/2015)*0,63%9,69%
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)*0,62%9,72%
Poupança antiga*0,55%5,78%
Poupança nova*0,55%5,78%
IPCA (estimativa do Banco Central)**0,49%5,12%
IGP-M (estimativa do Banco Central)**0,19%1,94%
Fundos Multimercado Multiestratégia*0,15%7,34%
Fundos Multimercado Macro*0,04%5,18%
Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX)-1,36%-0,36%
Dólar-1,60%2,96%
Ouro-2,11%2,76%
Fundos de ações dividendos*-2,99%-6,03%
Fundos de ações livre*-5,09%1,55%
Fundos de ações Small Caps*-5,17%-8,22%
Fundos de ações Ibovespa Ativo*-6,25%-3,41%

Fontes: Banco Central, BM&FBovespa, Tesouro Nacional e Anbima.

(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.
(**) Expectativa de inflação para o mês de outubro e para o acumulado em 2014 até outubro, segundo o Banco Central.

À exceção dos fundos de investimento imobiliário, os resultados dos rendimentos de todos os fundos da tabela foram fechados no dia 28 de outubro.

As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 29. Os dados sobre a poupança nova e antiga, taxa Selic, CDI, ouro e dólar foram fechados no dia 30. Já as rentabilidades do Ibovespa, IFIX e títulos públicos se referem ao fechamento do dia 31.

Renda fixa

Dentre os investimentos de renda fixa, que têm sua forma de remuneração definida no momento da aplicação, o destaque foram as NTN-Bs, títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto que pagam uma taxa de juro pré-fixada, mais a variação da inflação, medida pelo IPCA.

A reeleição da presidente Dilma Rousseff beneficiou a rentabilidade dos títulos com prazos mais longos, que já são os mais rentáveis no acumulado do ano.

Apesar de isenta de imposto de renda, a remuneração da poupança é desvantajosa porque, enquanto títulos de renda fixa acompanham a alta da Selic, a caderneta continua rendendo 0,5% mais a TR desde o momento em que a Selic passou dos 8,5% ao ano.

Apesar dessas oscilações, os títulos públicos não geram prejuízos, tampouco ganhos acentuados, se não forem vendidos antes do vencimento. Quando carregados até o final do prazo eles pagam exatamente o que valor negociado no momento da aplicação.

Renda variável

O desempenho da Bolsa, medido pelo Ibovespa, registrou alta de 0,94% no mês, e foi uma exceção entre os investimentos em renda variável, que registraram queda.

De acordo com Simões, da FEA (USP), a expectativa da nomeação de um novo Ministro da Fazenda, que diminua as intervenções do governo em setores da economia, dá fôlego para o mercado acionário.

Por outro lado, fundos de renda variável, ouro e dólar sofrem com o impacto dos resultados eleitorais.

São Paulo - Exemplos para aplicadores em todo o mundo, oito grandes investidores têm em comum um longo caminho de sucesso em suas aplicações financeiras. Não à toa, alguns aparecem constantemente na lista global dos mais ricos . Esses nomes lendários não construíram suas fortunas com base na sorte e especulação, e tiveram de lidar com os altos e baixos do mercado financeiro.A partir de suas trajetórias pessoais, ensinam conceitos importantes que servem como base para qualquer investimento . Conheça as principais lições:
  • 2. Tenha um objetivo sustentável

    2 /10(REUTERS/Rick Wilking)

  • Veja também

    Com foco no longo prazo, o megainvestidor americano Warren Buffet não costuma investir em aplicações populares. Prefere aplicar sua fortuna em negócios tradicionais ou consolidados em um pequeno mercado e que podem render bons e constantes lucros no futuro. Dessa forma, seu patrimônio não flutua ao sabor da economia. Além disso, quando Buffet acerta o alvo, a margem de ganho é maior, pois a aplicação foi feita antes da expansão ou valorização do investimento.
  • 3. Use os altos e baixos a seu favor

    3 /10(Simon Dawson/Bloomberg)

  • Enquanto muitos investidores temem oscilações em suas aplicações financeiras, o empresário e megainvestidor húngaro-americano George Soros , de perfil agressivo, sempre viu oportunidades na volatilidade dos investimentos. Para isso, acompanha bem de perto a evolução de dados sobre a economia que possam ter impacto futuro nas aplicações e empresas nas quais investe. Dessa forma, consegue migrar recursos de uma aplicação financeira para outra antes de perder dinheiro, ou passar a investir em segmentos que tenham potencial de valorização após mudanças no cenário macroeconômico.
  • 4. Esteja à frente de recomendações

    4 /10(Divulgação/ Site templeton.org)

    O empresário e filantropo John Templeton realizava investimentos na direção contrária da que o mercado apostava. Seu lema era: pense por si mesmo. Para selecionar aplicações financeiras, criou suas próprias ferramentas, e não seguia recomendações e tendências. Enquanto os olhos da maioria dos investidores estavam geralmente voltados para determinada empresa ou aplicação financeira, ele garimpava investimentos não convencionais, com maior oportunidade de ganhos.
  • 5. Saiba administrar os riscos

    5 /10(Divulgação/Columbia Archives)

    O investidor americano Benjamin Graham foi professor de Warren Buffet e um exemplo para o megainvestidor. Pai do conceito de investimento em valor, um dos ensinamentos de Graham é de que o investidor não dever temer o risco, mas, sim, administrá-lo. Como não é possível fugir totalmente das perdas ao investir, Graham definia um nível máximo de riscos para sua carteira de aplicações e se mantinha dentro dessa margem de segurança. Caso seu nível de risco ultrapassasse essa margem, o investidor não aplicava seu dinheiro, pois passaria a especular e ter grandes chances de perdas.
  • 6. Diversifique na medida certa

    6 /10(Wikimedia Commons)

    O economista britânico John Maynard Keynes, criador da macroeconomia moderna, também era um investidor. Um dos conceitos que seguia era o da diversificação inteligente, que consiste em diminuir os riscos das aplicações financeiras ao optar por produtos com comportamento opostos ou ao menos diferentes. Isso não se resume a ter na carteira uma parte de investimentos em renda fixa e outra porção em renda variável ( entenda os conceitos ), mas, dentro das opções de aplicações em renda variável, investir em ativos que tenham reflexos diferentes diante de uma mesma situação. Dessa forma, o patrimônio não fica refém de mudanças na economia.
  • 7. Seja racional

    7 /10(Getty Images)

    Braço direito do megainvestidor Warren Buffet , Charles Munger é conhecido por mapear comportamentos que influenciam de forma negativa nas decisões de investimento, e fugir deles. Racional, acredita que investir consiste em se preparar, ter paciência, disciplina e objetividade. Para Munger, situações de estresse, atitudes defensivas, temor a perdas e a inveja de quem está ganhando muito dinheiro têm o poder de destruir fortunas.
  • 8. Fique atento a taxas

    8 /10(Scott Eells/Bloomberg)

    O investidor americano John Clifton "Jack" Bogle, fundador do grupo financeiro Vanguard, defende a simplicidade nas aplicações financeiras para investidores individuais de perfil conservador e, principalmente, a redução de gastos com taxas, que costumam afetar rendimentos de aplicações passivas, que acompanham índices de mercado e oferecem menor risco.
  • 9. Seja discreto ao investir

    9 /10(Chris Hondros/Getty Images)

    Sempre no topo da lista de mais ricos do mundo, o empresário mexicano Carlos Slim é discreto ao investir. Tem uma carteira de aplicações variada, mas não entra em detalhes sobre onde aloca seus recursos, pois tem consciência de sua influência. Slim tem a cautela de não induzir investidores a apostarem em seus alvos para evitar uma redução em sua margem de ganhos caso os investimentos se valorizem de forma artificial após muitos aplicadores passarem a investir. Por conta da grande quantidade de dinheiro que aplica no mercado financeiro e em empresas, Slim apenas anuncia quando deixa de investir ou migra recursos aplicados quando é obrigado por lei.
  • 10. Agora, veja os livros que podem ajudar a investir melhor

    10 /10(4FR/Getty Images)

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