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Estes 10 inimigos impedem que você enriqueça

Descontrole emocional, ansiedade, arrogância e rigidez. Esses são alguns dos traços de personalidade que podem te impedir de ser rico

Fantasmas assustam mulher: Descontrole emocional pode te impedir de ganhar dinheiro (Thinkstock/SIphotography)

Júlia Lewgoy

Publicado em 20 de junho de 2016 às 18h39.

São Paulo - Alguns traços de personalidade são fantasmas que assombram a relação das pessoas com o dinheiro . A ansiedade, a arrogância e o pessimismo, por exemplo, podem impedir que você se torne rico.

A psicologia pode ter mais mais proximidade com as finanças pessoais do que você imagina. EXAME.com ouviu especialistas em finanças comportamentais e listou, a seguir, dez comportamentos que podem ser inimigos da riqueza .

1. O descontrole emocional

Sabe aquele velho papo do terapeuta de que é preciso manter seu eixo interno forte para não se abalar tanto com os acontecimentos externos? Ele também serve para ter uma relação saudável com o dinheiro. O descontrole emocional afasta as pessoas da riqueza.

Quem conhece bem a si mesmo e sabe do que precisa para ser feliz consegue controlar melhor suas finanças. Tanto que, nos Estados Unidos , disciplinas de psicologia já foram incluídas nos currículos de grandes institutos de planejamento financeiro , como o da Universidade do Kansas, e a terapia financeira se populariza por lá.

“As pessoas gostam de acreditar que têm muito mais autocontrole do que elas têm de verdade”, observa a pesquisadora Claudia Yoshinaga, coordenadora do Núcleo de Finanças Comportamentais da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Isso acontece porque, do ponto de vista psicológico, a disputa entre ter uma recompensa hoje ou ter mais no futuro é bastante desigual. “É muito mais prazeroso comprar hoje”, diz a pesquisadora.

Estabelecer regrinhas na vida pode ajudar a lembrar que é preciso andar na linha com o dinheiro. Uma delas pode ser anotar em aplicativos ou planilhas cada gasto que você faz. Para o seu emocional, eles funcionam melhor do que os apps que somam e categorizam os gastos automaticamente. Outra dica é colar um post it no cartão de crédito quando chegar perto do limite.

2. A ansiedade

Pessoas ansiosas podem enxergar no hábito de fazer compras uma válvula de escape para descarregar esse sentimento. Além de gastarem mais, tendem a investir mal o dinheiro. “A pressa faz as pessoas tomarem decisões financeiras ruins”, aponta o coach financeiro Ricardo Melo, autor do livro As Leis Invisíveis do Dinheiro.

Quando sentir aquela angústia de que é preciso comprar algo, pergunte a você mesmo: “eu realmente preciso disso?”. A resposta vai ser "sim", provavelmente. Então, você pergunta de novo: “como vai ser a minha vida daqui a uma semana se eu comprar isso agora?”. Igual, provavelmente. “É aí que você vê que aquilo não é tão importante assim”, ensina o coach.

Na hora de investir, os ansiosos tendem a ter uma visão de curto prazo e a querer retornos rápidos. Em aplicações financeiras , o tempo é um grande aliado. Quanto maiores os prazos para resgatar o dinheiro, melhores são os rendimentos.

3. A arrogância

Comprar algo para ser socialmente aceito em um grupo até parece coisa de adolescente, mas pode ser uma trava para um adulto enriquecer. Olha que contraditório: quanto mais as pessoas querem parecer ricas, mais elas se afastam da riqueza.

“Pessoas que são prisioneiras do status e querem parecer ter mais do que o bolso permite têm, no fundo, problemas de autoestima. Essa mania de grandeza só gera dívidas”, explica Melo. Além disso, quem tem o nariz empinado gera dificuldades para trabalhar em equipe, o que é essencial para líderes acumularem dinheiro.

Há ainda uma questão: saber ouvir. “A maioria das pessoas bem sucedidas é humilde, aberta a aprender com qualquer um. Se você acha que sabe tudo, se isola e perde a chance de fazer parcerias”, destaca a coach e escritora Paula Abreu, criadora do programa online Detox de Dinheiro.

4. A rigidez

Pessoas severas demais consigo mesmas, que seguem sempre o esperado e não se permitem experimentar, dificilmente serão ricas. Os milionários não são certinhos, e sim ousados. “O comportamento controlador não é ruim para as finanças, pelo contrário. Mas não pode haver um exagero”, alerta Claudia, da FGV.

A especialista em finanças comportamentais recomenda não abrir mão da vida social para economizar, já que o networking pode ajudar nos negócios. Ela também aconselha não ser pão-duro demais e, em consequência, deixar de ter experiências que podem ajudar a ganhar dinheiro no futuro.

Na vida profissional, a ousadia também é bem-vinda. “É melhor pedir perdão do que pedir permissão. Para acumular riqueza, é preciso ser ousado, não cumprir tabela”, orienta a coach Paula Abreu.

5. A procrastinação

Empurrar os planos com a barriga pode ser péssimo para o bolso. Isso inclui esperar demais para guardar dinheiro para a aposentadoria , demorar para começar a investir ou mesmo procrastinar a realização de um projeto.

“Nada do que deixamos para a última hora sai com qualidade, o que impacta diretamente no desempenho profissional e na vida financeira”, explica Claudia, da FGV.

Por trás da procrastinação, pode estar o medo de fracassar. A coach Paula Abreu aconselha fazer perguntas a si mesmo para gerar clarezas.

Uma delas pode ser se qustionar qual seria o pior cenário possível caso os planos dessem errado. “Não adianta esperar a motivação vir para agir. É quando você se coloca em movimento que ela acontece”, explica a coach.

6. O pessimismo

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Pessoas pessimistas têm menos oportunidades para enriquecer na vida. Isso porque a motivação contagia os outros no mercado de trabalho. “Ninguém quer estar perto dos pessimistas. No meio profissional, os otimistas têm mais chance de serem chamados para novos projetos e de aprenderem novas habilidades”, explica Paula.

Diante de problemas, enquanto os pessimistas se colocam em uma posição confortável de que não há nada a fazer, os otimistas agem para transformar situações. Essa postura pró-ativa é comum entre os que acumulam muito dinheiro.

7. A indecisão

Não dá para pensar muito quando as oportunidades profissionais e as chances de negócio aparecem, se não você corre o risco de perdê-las. É por isso que os indecisos se afastam da riqueza.

O melhor remédio para a indecisão, segundo o coach Ricardo Melo, é fazer uma lista de prós e contras. “É uma dica básica que funciona. Quando você lista, obriga a si mesmo a racionalizar o que sente e consegue enxergar melhor a situação”, aconselha.

8. A vitimização

Assumir constantemente o papel de vítima na vida e só reclamar de tudo impede as pessoas de enriquecer. Quem sempre acha que o que acontece de ruim não tem nada a ver com a sua forma de agir não tem ambição e acaba acomodado.

“As pessoas que se fazem de vítima têm menos chances de evoluir na vida, tanto pessoal quanto profissionalmente. Quando colocam a responsabilidade de tudo nos outros, não usam seu poder de mudar”, explica a coach Paula Abreu.

Para quem se enxerga assim, Paula ensina um truque: fazer um diário da gratidão. Toda noite, escreva pelo menos três eventos bons que aconteceram durante o dia. “Em vez de viver a energia negativa da reclamação, passe a viver a energia da produtividade”, aconselha.

9. A impaciência

Um adulto mimado tem menos chance de se tornar rico, porque não tem paciência para conquistar metas financeiras audaciosas. Tanto para ter um bom retorno de um investimento quanto para juntar dinheiro para comprar uma casa, por exemplo, é preciso ter persistência.

“Conheço muita gente que começa a guardar para comprar um carro, por exemplo, e no meio do caminho, desiste e compra uma bicicleta. Para acumular dinheiro, é preciso ter constância”, observa Paula.

10. A acomodação

É bem difícil juntar muito dinheiro sem ter um porquê. Os sonhos e a ambição servem como alavanca para atingir metas financeiras. Ricos sonham muito.

O medo por traz da acomodação também é um impeditivo para enriquecer. Muitas pessoas, por exemplo, preferem investir na poupança por medo de outras aplicações, mas por isso deixam de ganhar mais dinheiro. Não deixe que o medo tire sua vontade de ganhar.

São Paulo - Não consegue economizar ou vive no cheque especial , mas nunca encontra tempo para colocar as finanças em ordem? A pedido de EXAME.com, Gustavo Cerbasi, especialista em educação financeira e autor do livro "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", criou um plano de 14 dias para quem deseja melhorar o orçamento .É necessário realizar apenas uma tarefa por dia durante duas semanas para mapear a situação financeira. O objetivo é controlar gastos e poupar para atingir metas pessoais, como a compra da casa própria , por exemplo.As dicas foram baseadas nas orientações compiladas por Cerbasi no livro "Como Organizar sua Vida Financeira", que será relançado em setembro desse ano.  Conheça a seguir o plano de 14 dias para quem deseja se preparar contra eventuais imprevistos que tenham impacto no orçamento:
  • 2. 1º dia: organize comprovantes de renda e despesas

    2 /16(David Sacks/Thinkstock)

    Calcule sua renda líquida mensal (já livre de eventuais descontos, como impostos) e os gastos realizados no último mês. Separe-os em grupos, como alimentação, saúde, moradia e lazer. Caso não tenha o registro de todas as despesas realizadas nesse período, inicie um monitoramento de entradas e saídas de dinheiro durante os próximos 30 dias, arquivando diariamente os comprovantes em uma pasta. O plano de ação para melhorar o orçamento deverá ser iniciado após essa análise.
  • 3. 2º dia: analise os gastos

    3 /16(ThinkStock/Nastco)

    Se souber lidar com planilhas eletrônicas, como o Excel, ou aplicativos que ajudam a gerenciar gastos, use essas ferramentas para se organizar. Caso não tenha o costume de utilizar esses recursos, relacione todos os seus gastos em um caderno e identifique onde você está gastando mais do que imaginava.
  • 4. 3º dia: planeje sua rotina para monitorar o orçamento

    4 /16(pressureUA/Thinkstock)

    O ideal é que você não perca muito tempo com essa atividade. Prefira estratégias simples, como arquivar comprovantes por tipo de gasto e dedicar uma hora por mês para atualizar o seu orçamento.
  • 5. 4º dia: faça uma relação de todas as suas dívidas

    5 /16(George Doyle/Thinkstock)

    Crie uma lista na qual você relacione todas as suas dívidas. Em cada uma, é necessário apontar o valor total do saldo devedor, o valor da prestação mensal (quando houver), nome do credor e o Custo Efetivo Total (CET) de cada linha de crédito. O CET mostra todos os encargos incluídos na dívida e é a melhor forma de analisar as taxas cobradas. Organize essa lista a partir da dívida mais cara para a mais barata, usando o CET como critério para esse ranking.
  • 6. 5º dia: defina seus objetivos financeiros

    6 /16(RomoloTavani/Thinkstock)

    Crie uma lista de sonhos e objetivos pessoais que você pretende alcançar nos próximos seis meses, em um ano e após cinco anos. Faça as contas de quanto precisará poupar para alcançá-los.
  • 7. 6º dia: faça uma lista de corte de gastos

    7 /16(Tramvaen/Thinkstock)

    Relacione todas as economias que você se propõe a fazer, com base na análise de seu orçamento, identificação do total de parcelas mensais de suas dívidas e o quanto gostaria de poupar. Trocar o carro atual ou até o próprio imóvel por outro mais em conta é uma estratégia eficaz. As metas devem ser relacionadas por escrito.
  • 8. 7º dia: se comprometa a aumentar sua renda

    8 /16(Tijana87/Thinkstock)

    Defina, por escrito, valores que você pretende levantar no curto prazo, seja vendendo bens que não usa e, se possível, realizando horas extras ou bicos. Defina um prazo para esse período, para que não se torne uma rotina. O ideal é executar esse objetivo durante três a quatro meses, no máximo.
  • 9. 8º dia: negocie dívidas

    9 /16(Thinkstock/Creatas Images)

    Com base no seu plano de corte de gastos e aumento de ganhos, calcule quanto poderá gerar nas próximas semanas ou meses e entre em contato com seus credores para quitar as dívidas com CET acima de 2% ao mês e/ou substituir as dívidas mais caras por outras de CET mais baixo, com o objetivo de reduzir seu gasto com juros. Assuma prestações que você consiga pagar com tranquilidade, para não correr o risco de cair em dívidas não planejadas ( veja 10 passos para negociar sua dívida com o banco ). Uma boa estratégia é vender bens de alto valor, como o carro.
  • 10. 9º dia: estude investimentos

    10 /16(ThinkStock/sjenner13)

    Analise investimentos oferecidos pelo banco no qual você tem conta e por outras instituições financeiras. Dedique uma ou duas horas para entender como funciona cada aplicação financeira ( veja 10 livros essenciais para quem quer começar a investir ). Preencha um questionário para identificar seu perfil de investidor.
  • 11. 10 º dia: defina metas de poupança

    11 /16(James Thew/Thinkstock)

    Faça planos de quanto começará a poupar por mês assim que liquidar suas dívidas, caso tenha débitos que não foram planejados. Passe a poupar somente quando suas dívidas se limitarem a financiamentos planejados, com prestações que caibam confortavelmente no orçamento.
  • 12. 11º dia: escolha uma aplicação para a aposentadoria

    12 /16(ChickiBam/Thinkstock)

    Marque uma reunião com um corretor de seguros para discutir o melhor plano de previdência para seu perfil ou busque uma aplicação financeira que seja mais adequada para objetivos de longo prazo ( veja 8 verdades que você deve encarar sobre a aposentadoria ). Comprometa-se a iniciar as contribuições somente depois de quitar suas dívidas.
  • 13. 12º dia: automatize seus investimentos

    13 /16(Anatoliy Babiy/Thinkstock)

    Ao iniciar aplicações e começar a guardar dinheiro, prefira que os depósitos mensais sejam feitos por débito automático. A ferramenta reforça a necessidade de ter disciplina, essencial para o sucesso de seu plano.
  • 14. 13º dia: organize documentos e senhas

    14 /16(gpointstudio/Thinkstock)

    Com o planejamento definido, tire um tempo para organizar documentos do banco e guardar senhas de cartões, por exemplo. Defina também uma data a cada seis meses para que você estude as aplicações que seu banco oferece e possa compará-las com as de outras instituições financeiras.
  • 15. 14º dia: planeje o orçamento futuro

    15 /16(Thinkstock)

    Para ter disciplina, você precisa saber o resultado de cada passo. Planilhas são recomendadas porque permitem projetar gastos futuros, incluindo consumo em datas festivas, para que você veja quanto dinheiro irá acumular e quando irá conseguir atingir seus objetivos financeiros. Tenha como hábito pensar no futuro e ajustar o orçamento atual quando ocorrer algum desequilíbrio.
  • 16. Agora veja 15 formas de controlar o seu orçamento

    16 /16(Raul Júnior/VOCÊ SA)

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