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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
O aumento na taxa de sinistralidade devido às doenças de inverno, em particular a gripe causada pelo vírus Influenza A (H1N1), a popular gripe suína, prejudicou os resultados da Amil (AMIL3) no segundo trimestre de 2009, deixando o desempenho da operadora de planos de saúde abaixo das expectativas dos analistas. Segundo a corretora Fator, a receita líquida da Amil no período foi de 1,1 bilhão de reais, enquanto o lucro líquido registrado foi de 0,6 milhão de reais. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) ficou negativa em 2,2 milhões de reais.
De acordo com a corretora, o aumento de custos com tratamento e prevenção da nova gripe contribuiu para o acréscimo na taxa ajustada de sinistralidade, que chegou a 74,4% no segundo trimestre do ano, 7,1 ponto percentual acima da observada no trimestre anterior e 2,7 ponto percentual a mais do que a taxa no segundo semestre de 2008.
Os resultados também foram afetados pelo aumento dos custos com hospitais, centros médicos, resgates e outros serviços, bem como o crescimento das despesas gerais e administrativas.
Na opinião da corretora, que recomenda aos acionistas da Amil a manutenção dos papéis, a operadora também sentiu os efeitos da situação que as operadoras têm enfrentado diante do enfraquecimento do mercado de trabalho, o que limitou o crescimento do setor de planos de saúde corporativos.
Por outro lado, com um fluxo de caixa operacional de 54,5 milhões de reais, a companhia chegou ao fim do segundo trimestre com caixa líquido de 1,03 bilhão de reais, o que tem permitido à Amil 'enfrentar este período de desafios para as operadoras de planos de saúde e manter suas perspectivas de aquisições'.
Na Bovespa, as ações ordinárias da Amil (AMIL3) eram negociadas, às 15h23 horas em queda de -3,83%, a 9,54 reais. Já o Ibovespa operava em alta de 0,75%, aos 56.181 pontos.