Juros sobem como reflexo da 1ª alta da Selic, em setembro
Relatório divulgado hoje pelo BC ainda não contabiliza impacto da alta de 0,5 ponto percentual fixada pelo Copom na semana passada. Relação crédito/PIB melhora quase 1 ponto percentual de um ano para cá
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
O custo das operações de crédito já mostra os impactos da elevação da Selic, taxa básica de juros da economia, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em setembro (de 16% ao ano para 16,25% ao ano).
O relatório divulgado nesta terça-feira (26/10) pelo BC, indica que, em setembro taxa média de empréstimos bancários subiu para 45,1% ao ano, 1,2 ponto percentual acima de agosto. É a primeira alta da taxa desde março. O levantamento, evidentemente, ainda não registra o impacto da segunda elevação consecutiva da Selic, determinada na semana passada, ainda mais agressiva - de 0,5 ponto percentual.
Além da alta da Selic, cresceu também o spread bancário, em 0,2 ponto percentual, para 27,7 pontos percentuais, segundo o BC.
O volume total de crédito do sistema financeiro alcançou 460,3 bilhões de reais em setembro, com expansões de 1,4% no mês e de 12,3% no ano. A relação do crédito com o PIB, assim, sobe para 26,3%, ante 26% em agosto e 25,4% em setembro de 2003.