Juros de cartões atingem 399,84% ao ano, diz Anefac
Para as pessoas físicas, a taxa subiu 1,75% no mês e 2,54% em 12 meses com o índice passando de 7,43% e 136,32% ao ano
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2016 às 13h22.
Pela décima quinta vez seguida, os juros aumentaram em dezembro de 2015, atingindo os maiores índices médios desde o início de 2009.
Para as pessoas físicas, a taxa subiu 1,75% no mês e 2,54% em 12 meses com o índice passando de 7,43% e 136,32% ao ano, em novembro, para 7,56% ao mês e 139,78% ao ano, em dezembro.
A pesquisa – feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) – mostra avanços em todas as seis modalidades de crédito: comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras.
Cartão de crédito
O maior aumento foi verificado no cartão de crédito, de 2,94% na comparação com novembro, na maior elevação desde outubro de 1995.
Quem usou o sistema rotativo, ou seja, rolou a dívida com o cartão de crédito pagou juros 14,35% ao mês e 399,84% ao ano.
O segundo custo mais caro foi a modalidade de cheque especial com alta de 1,89%.
Para usar o valor disponibilizado pelas instituições financeiras, o correntista assumiu o compromisso de pagar uma correção média de 10,76% ao mês e de 240,88% ao ano.
O índice é o maior desde setembro de 1999.
Já no empréstimo pessoal junto aos bancos o custo subiu 1,38% com a taxa de 4,4% ao mês e 67,65% ao ano, a maior desde setembro de 2011.
Sobre o empréstimo pessoal obtido nas financeiras, que têm taxas maiores, a alta foi de apenas 0,5%.
Nas financeiras, o consumidor estava pagando 8,04% ao mês e 152,94% ao ano, o maior valor desde abril de 2012.
No caso do Crédito Direito ao Consumidor (CDC) nos bancos e em financeiras de automóveis, houve alta de 0,88%. No mês, a taxa ficou em 2,28% e, em 12 meses, 31,07%.
Esta foi a variação mais elevada desde agosto de 2011.
Comércio
No comércio, o setor praticou juros médios de 5,5% ao mês e de 90,12% ao ano, o que representa alta de 0,92%, na maior elevação desde setembro de 2011.
Em relação às linhas de crédito para as empresas, o dinheiro ficou 1,18% mais caro com taxa média em dezembro de 4,27% ao mês e de 65,16%o ao ano. É a maior taxa desde fevereiro de 2009.
A Anefac observou que, entre março de 2013 e dezembro de 2015, o Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) em sete pontos percentuais, com alta de 96,55%, passando de 7,25% ao ano para 14,25% ao ano.
No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física subiu 51,81 pontos percentuais (elevação de 58,90%) de 87,97% ao ano em março de 2013 para 139,78% ao ano em dezembro de 2015.
Empresas
Sobre as operações de crédito para as empresas, a alta foi de 21,58 pontos percentuais ou 49,52%. Estava em 43,58% ao ano em março de 2013 e passou para 65,16% ao ano em dezembro último.
A previsão da Anefac é que as taxas continuem em alta. A entidade justifica que o cenário econômico está favorecendo o aumento da inadimplência.
Para a Anefac, o cenário econômico aponta tendência de aumento da inadimplência, levando ao encarecimento do dinheiro.
Além disso, ela observa que, enquanto em outros países o volume de crédito disponível atinge 100% do Produtor Interno Bruto (PIB), que é soma das riquezas produzidas, no Brasil a quantidade é quase a metade (53,8%).
Diante dessa constatação, a Anefac orienta o consumidor a fazer um planejamento de forma a gastar menos do que tem de renda.
As informações são da Agência Brasil.
Pela décima quinta vez seguida, os juros aumentaram em dezembro de 2015, atingindo os maiores índices médios desde o início de 2009.
Para as pessoas físicas, a taxa subiu 1,75% no mês e 2,54% em 12 meses com o índice passando de 7,43% e 136,32% ao ano, em novembro, para 7,56% ao mês e 139,78% ao ano, em dezembro.
A pesquisa – feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) – mostra avanços em todas as seis modalidades de crédito: comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras.
Cartão de crédito
O maior aumento foi verificado no cartão de crédito, de 2,94% na comparação com novembro, na maior elevação desde outubro de 1995.
Quem usou o sistema rotativo, ou seja, rolou a dívida com o cartão de crédito pagou juros 14,35% ao mês e 399,84% ao ano.
O segundo custo mais caro foi a modalidade de cheque especial com alta de 1,89%.
Para usar o valor disponibilizado pelas instituições financeiras, o correntista assumiu o compromisso de pagar uma correção média de 10,76% ao mês e de 240,88% ao ano.
O índice é o maior desde setembro de 1999.
Já no empréstimo pessoal junto aos bancos o custo subiu 1,38% com a taxa de 4,4% ao mês e 67,65% ao ano, a maior desde setembro de 2011.
Sobre o empréstimo pessoal obtido nas financeiras, que têm taxas maiores, a alta foi de apenas 0,5%.
Nas financeiras, o consumidor estava pagando 8,04% ao mês e 152,94% ao ano, o maior valor desde abril de 2012.
No caso do Crédito Direito ao Consumidor (CDC) nos bancos e em financeiras de automóveis, houve alta de 0,88%. No mês, a taxa ficou em 2,28% e, em 12 meses, 31,07%.
Esta foi a variação mais elevada desde agosto de 2011.
Comércio
No comércio, o setor praticou juros médios de 5,5% ao mês e de 90,12% ao ano, o que representa alta de 0,92%, na maior elevação desde setembro de 2011.
Em relação às linhas de crédito para as empresas, o dinheiro ficou 1,18% mais caro com taxa média em dezembro de 4,27% ao mês e de 65,16%o ao ano. É a maior taxa desde fevereiro de 2009.
A Anefac observou que, entre março de 2013 e dezembro de 2015, o Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) em sete pontos percentuais, com alta de 96,55%, passando de 7,25% ao ano para 14,25% ao ano.
No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física subiu 51,81 pontos percentuais (elevação de 58,90%) de 87,97% ao ano em março de 2013 para 139,78% ao ano em dezembro de 2015.
Empresas
Sobre as operações de crédito para as empresas, a alta foi de 21,58 pontos percentuais ou 49,52%. Estava em 43,58% ao ano em março de 2013 e passou para 65,16% ao ano em dezembro último.
A previsão da Anefac é que as taxas continuem em alta. A entidade justifica que o cenário econômico está favorecendo o aumento da inadimplência.
Para a Anefac, o cenário econômico aponta tendência de aumento da inadimplência, levando ao encarecimento do dinheiro.
Além disso, ela observa que, enquanto em outros países o volume de crédito disponível atinge 100% do Produtor Interno Bruto (PIB), que é soma das riquezas produzidas, no Brasil a quantidade é quase a metade (53,8%).
Diante dessa constatação, a Anefac orienta o consumidor a fazer um planejamento de forma a gastar menos do que tem de renda.
As informações são da Agência Brasil.