Investimento das companhias abertas cresceu 17% em 2005
Empresas aplicaram 139 bilhões de dólares no país; setores de metalurgia, energia elétrica e fumo foram os que mais investiram
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
O total de recursos aplicados na economia brasileira pelas empresas de capital aberto totalizaram 138,8 bilhões de dólares em 2005, 17% a mais que os 118,6 bilhões de dólares registrados em 2004. Os números foram divulgados nesta terça-feira (6/6) no lançamento do Anuário Estatístico das Companhias Abertas 2006, realizado pela Abrasca, associação que representa as empresas de capital aberto.
De acordo com o levantamento, os setores que mais contribuíram para esse resultado foram o de metalurgia, com 60 bilhões de dólares; energia elétrica, com 35,4 bilhões; fumo, 20 bilhões, e logística, com 11,3 bilhões. Para o economista Jason Freitas Vieira, da GRC Visão, consultoria que desenvolveu o anuário, uma série de fatores contribuiu para o aumento dos investimentos como o relaxamento da política monetária, deflações consecutivas e também uma apreciação cambial forte. "Juntas, essas condições estimularam as companhias de capital aberto a planejar novos investimentos", explica Vieira .
No ano passado, as emissões de debêntures cresceram 332,3%, passando de 9,6 bilhões de reais para 41,5 bilhões. "Foi um ano em que o mercado de capitais se destacou por sua natureza, ou seja, como um arrecadador de recursos para as empresas", afirma o diretor executivo da GRC Visão, Alexandre Fischer.
O ritmo de captações, no entanto, não deve se manter esse ano. "Veremos uma desaceleração na emissão de debêntures, não em razão da turbulência no mercado financeiro, mas por que empresas de leasing, grandes captadoras com esse tipo de papel, emitiram muito no ano passado e agora não deverão repetir o comportamento", comenta o presidente da Abrasca, Alfried Plöger.
Impostos
As 421 empresas analisadas pela GRC Visão pagaram no ano passado 64 bilhões de reais em impostos, 37,5% a mais que os 46,7 bilhões registrados em 2004. De acordo com a Abrasca, esse volume representa 9% do total de tributos arrecadados pelo governo no período.
Apesar da desaceleração da economia brasileira e dos altos tributos, o lucro líquido das empresas analisadas chegou a 90 bilhões de reais, 25% acima do registrado em 2004. Segundo a Abrasca, o resultado deve-se à eficiência das companhias, já que as receitas totais das empresas tiveram um crescimento real de apenas 2,8% no período.
table width="460" border="1" cellspacing="0" cellpadding="2" bordercolor="#CCCCCC">