Imite Will e Kate e ainda economize no casamento
Colunista do Wall Street Journal dá seis dicas inspiradas no casamento real para reduzir os custos de uma cerimônia
Gabriela Ruic
Publicado em 28 de abril de 2011 às 20h49.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h34.
São Paulo – O primeiro casamento da realeza britânica em mais de trinta anos acontece hoje, na Abadia de Westminster, em Londres. Depois de meses de especulações acerca do tamanho, físico e financeiro, das comemorações da união entre Príncipe William e a plebeia Kate Middleton, o mundo finalmente tem acesso aos tão aguardados detalhes do evento. Qual vestido a mais nova princesa britânica escolheu e quem vai comparecer ou não ao evento estão sendo divulgados à exaustão por milhares de veículos em todo o mundo. A família real britânica, e seus séculos de tradição, não são exatamente um exemplo de como economizar. No entanto, o colunista Brett Arends, do jornal americano Wall Street Journal, listou seis decisões tomadas por Will e Kate que, se imitadas, podem ajudar qualquer um a reduzir os custos do enlace.
Reza a lenda que um anel de noivado deve custar o equivalente a dois meses de salário do noivo. O príncipe é, oficialmente, piloto de helicóptero da força aérea britânica e deve ter uma renda anual entre 47.000 e 56.000 dólares. Bom, para seguir o ditado popular, Will deveria ter gasto algo em torno de 9.000 dólares no anel. Exagero? Talvez. Mas, para quem não sabe, até mesmo ele, o mais popular membro da família real, contornou essa situação presenteando Kate com um anel de segunda mão, que pertenceu à sua mãe, Lady Di. A pergunta que fica é a seguinte: se até mesmo o príncipe apelou para uma joia que já estava na família, então por que noivos de todo o mundo deveriam gastar uma fortuna com um anel de noivado? Carley Romer, editora chefe do site especializado em casamentos TheKnot.com, disse à Arends que a atitude de Will com certeza provocou a corrida de noivos de todas as nacionalidades em direção ao porta-joia mais próximo e acessível, na esperança de encontrar algo que sirva para simbolizar a união - e que não custe nem um centavo.
O príncipe também não foi às compras para escolher as alianças. Ao invés de comprar, ele decidiu usar pedaços de ouro, dado de presente à família real anos atrás, para que as joias fossem confeccionadas. E ele nem vai precisar arranjar outro par de alianças para o dia a dia, uma vez que o casal optou por não usar o símbolo máximo dos casamentos ocidentais. Tudo bem que alianças não são os itens que mais pesam no orçamento de quem vai casar, e podem custar bem menos que anéis de noivado. Mas Arends lembra que o preço do ouro aumenta cerca 30% por ano e o valor do metal mais que dobrou nos últimos cinco anos.
A velha regra que diz que os pais da noiva pagam a festa e o noivo paga a lua de mel também ficou para trás. No casamento real, a família do noivo está pagando pela maior parte das contas simplesmente porque são extremamente ricos. Independentemente disso, a família da noiva também contribui, em menor escala é verdade, mas está assumindo algumas contas. Os Middleton não são pobres, mas seu patrimônio não chega nem perto da fortuna acumulada pela realeza britânica. Então será que alguém em sã consciência achou que a família de Kate iria bancar por todo o casamento? Para Carley, a maneira como as contas referentes ao casamento estão sendo organizadas vai transformar o casamento em um divisor de águas para toda a polêmica sobre quem, afinal de contas, deve arcar com os custos. Para a editora, os dois lados devem contribuir de maneira igualitária. E com relação à lua de mel, o príncipe também não vai pagar nem um centavo pela viagem. Em mais uma demonstração de que a família real está modernizando as tradições casamenteiras.
Por que todo mundo tem que se casar no sábado? Claro que, segundo Arends, o dia é o mais conveniente da semana, principalmente para os parentes e amigos que virão de longe para a cerimônia. Mas acostumados a fazer contas vão descobrir que ser menos tradicional pode fazer bem para o bolso. De acordo com Carley, é muito mais barato casar numa sexta que num sábado, pois salões tem mais possibilidades de horários e cobram menos. Ou seja, uma simples mudança de data pode ajudar o casal a economizar um pouco mais. Mais um ponto para Will e Kate, que estão se casando em plena sexta-feira.
É cansativo testemunhar a quantidade de energia que os casais desprendem no processo de definir qual nome será adotado. Um nome é apenas um nome, e ele pode ser o que você quiser que seja. Não acredita? Pois aqui vai mais uma importante lição do casamento do príncipe William com, à essa altura do texto, a princesa Katherine. Até 1917, o sobrenome original da família do noivo era Saxe-Coburg-Gotha, um pouco germânico demais para uma época ilustrada pela Primeira Guerra Mundial. E foi por conta da má fama alemã naquele tempo que a família real resolveu adotar o nome Windsor. Conclusão: se nem mesmo a realeza britânica se apegou a um sobrenome, por que qualquer pessoa deveria?