A crise no mercado também tem um lado bom para os investidores mais ousados. Segundo o Lloyds TSB, "os preços estão baixos e atrativos no Ibovespa, que tem seu segundo ano consecutivo de queda, mas diante das muitas variáveis de risco, é muito difícil acreditar em melhora consistente no curtíssimo prazo".

Obviamente, a bolsa é para investidores de porte e que não temam riscos, nem mesmo tenham pressa em obter o retorno de seus investimentos. "Mais para a frente, passadas as eleições e superadas algumas dúvidas no front externo, a situação pode ser mais favorável", afirma o banco. "O mercado tende a continuar muito fraco e volátil no curtíssimo prazo."

No exterior, as bolsas das economias mais relevantes seguem nervosas e com perdas consideráveis no ano, por conta das incertezas econômicas e políticas (EUA x Iraque). Internamente, é o quadro eleitoral que impõe uma série de dúvidas quanto ao futuro da economia brasileira. "Com isso, o Ibovespa, ajustado pela variação do dólar acumula perda de 55,8% no ano e fica acima somente do índice Merval da Argentina, que tem queda de 65,4% no período", diz o relatório do Lloyds TSB.

Em reais o resultado é um pouco melhor e o Ibovespa cai 31,8% no ano, um nível muito próximo ao apresentado pela média das bolsas européias (-34,3%) e ao Nasdaq (-39,2%) e Dow Jones (-21,5%), nos EUA.

Leia o relatório completo do Lloyds TSB, onde o banco analisa o dólar, o câmbio e o juros, além do cenário político.