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Gripe suína derruba ações de frigoríficos e companhias aéreas

Investidores temem queda nas exportações de carne suína e redução no número de passageiros em viagens internacionais

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Embora não haja casos confirmados de gripe suína no Brasil, os efeitos da doença já ameaçam os negócios de frigoríficos e companhias aéreas no país. Nesta segunda-feira (27/4), os papéis de empresas de ambos os setores sofrem forte queda, com os investidores receosos de que a doença provoque grande redução nas exportações de carne suína e que diminua consideravelmente o número de passageiros em viagens para fora do país.

Às 13h50, as ações do JBS-Friboi (JBSS3) lideravam o ranking das maiores quedas do Ibovespa, recuando 6,91%, para 6,47 reais. A empresa possui operações de suínos nos Estados Unidos, país que já teve casos confirmados da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a gripe suína não é transmitida pela carne de porco, mas isso não impediu que China, Rússia, Coréia do Sul, Indonésia e Tailândia embargassem os produtos originários dos Estados Unidos e do México.

Os demais frigoríficos brasileiros, segundo Peter Ping Ho, analista da corretora Planner, têm poucos negócios de suínos e, portanto, não devem ser fortemente impactados. "O que se vê agora na bolsa é o efeito psicológico", diz. As ações de Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3) recuavam 4,06% e 2,82%, respectivamente, para 2,60 reais e 10,69 reais.

Já as ações de Sadia (SDIA4) e Perdigão (PRGA3), que disparavam 7,67% e 3,10%, para 4,07 reais e 32,22 reais, operavam sob a expectativa de um desfecho para o processo de fusão, que voltou a ser negociados pelas companhias.

Outro setor que pode ser duramente impacto pela gripe suína é o de aviação. Em relatório, a corretora Itaú lembra que, em 2002, o surto de SARS (do inglês Síndrome Respiratória Aguda Grave) fez com que a taxa global de ocupação caísse de 78% para 65%, voltando ao patamar de 80% com o controle da doença. Esse cenário pode se repetir, com um agravante: em 2002, as companhias brasileiras não foram afetadas pela SARS, já que a doença não se alastrou pela América Latina. Dessa vez, porém, há a possibilidade dela se espalhar por todo o continente. "Considerando que a gripe suína poderá afetar a procura por transporte aéreo, acreditamos que a TAM irá reportar resultados operacionais mais fracos que a Gol, em virtude de sua maior exposição aos negócios internacionais", diz a corretora. Em 2008, os voos para fora do Brasil responderam por 26% da receita da TAM e 16% do faturamento da Gol. "Além disso, se a demanda recuar, os ganhos com as viagens internacionais poderão cair ainda mais fortemente devido à decisão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) de liberar as tarifas internacionais."

Na Bovespa, as ações da TAM (TAM4) recuava 3,58%, para 15,91 reais, enquanto as da Gol (GOLL4) apresentavam queda de 0,92%, para 7,52 reais.

*Com informações da Agência Estado

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