Minhas Finanças

Fundos de investimento captam R$ 6,5 bilhões em janeiro

Primeiro mês do ano é tradicionalmente o momento de maior captação líquida. Em janeiro do ano passado, entrada de recursos somou R$ 15,13 bilhões,;ainda refletindo forte recuperação de 2003

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Os fundos de investimento registraram 6,5 bilhões de reais em captações líquidas (depósitos menos retiradas) em janeiro, elevando o patrimônio a 602,84 bilhões, o equivalente a 25% do Produto Interno Bruto (PIB). "Estamos perto de um ponto de resistência", diz Marcelo Giufrida, vice-presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). A partir do atual patamar, a expansão da indústria de fundos será mais difícil e lenta. De qualquer modo, avalia Giufrida, o Brasil atingiu um nível próximo ao europeu (30% do PIB), embora bem distante do americano, em que os fundos administram recursos equivalentes a 100% do PIB. Do total aplicado em janeiro, os destaques foram os fundos DI e de curto prazo, com 5 bilhões de reais, e os de renda fixa, com 2,9 bilhões.

O resultado do mês passado representa 674% da média mensal de captações a partir de 1999, de 965 milhões de reais, mas deve ser observado com cautela. Segundo José Brazuna, gerente técnico da Anbid, é tradicional o grande volume de aplicações em janeiro, mês em que Estados e municípios aplicam a arrecadação de dezembro, alavancada pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) das vendas de fim de ano.

Em relação a janeiro do ano passado, porém, houve uma queda significativa. Naquele mês, a captação líquida somou 15,13 bilhões de reais, recorde dos últimos sete anos. Giufrida explica o desempenho de janeiro de 2004 por um "transbordamento" do desempenho de 2003, que apresentou forte ingresso líquido de recursos em fundos de investimento (62 bilhões de reais), quase recuperando a fuga de 2002 (saída líquida de 63,8 bilhões).

MP 206

A Anbid consultou esta semana 15 gestores de fundos sobre o percentual dos recursos que passariam a ser de longo prazo, para efeitos tributários fixados na medida provisória (MP) 206 (que reduz o imposto de 20% a 15% para as carteiras com prazo superior a um ano). Segundo Brazuno, a pesquisa informal abrange 92% do patrimônio da indústria e concluiu que 77% dos recursos serão de longo prazo.

Para a associação, só agora as mudanças introduzidas pelas MPs 206 e 209 vão mostrar efeitos. Embora tenham sido publicadas em setembro, a conversão em lei e regulamentação pela Receita Federal foi concluída apenas há cerca de um mês. A decisão de alongar o prazo de parte maior dos fundos foi adotada pelas instituições, avalia a Anbid, pela finalização do marco regulatório combinada a um cenário econômico favorável e à competitividade do mercado. "O setor concluiu que o alívio tributário nos fundos de longo prazo é relevante", diz Giufrida.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Minhas Finanças

Veja o resultado da Mega-Sena concurso 2756; prêmio acumulado é de R$ 2,8 milhões

Endividamento das famílias brasileiras cai para 78,5% em julho

Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio estimado em R$ 3,5 milhões

Veja quem deve pagar o licenciamento obrigatório no mês de agosto em SP

Mais na Exame