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Ford Ka desvaloriza 5% após anúncio de interrupção da produção no Brasil

Modelo foi na contramão do setor: veículos valorizaram entre 7,6% e 11,4% desde outubro, diz a Auto Avaliar

Modelo popular da Ford apontou queda de 2% no preço médio de venda em fevereiro (Divulgação/Divulgação)

Marília Almeida

Publicado em 17 de março de 2021 às 19h02.

Última atualização em 17 de março de 2021 às 19h16.

Os carros Ford Ka usados e seminovos registraram uma desvalorização de 5% no preço médio de venda em fevereiro, um mês após o anúncio da paralisação da produção de automóveis da marca no Brasil. Os dados fazem parte do estudo de Performance de Veículos Usados (PVU), produzido pela consultoria MegaDealer, por meio de dados coletados pela Auto Avaliar, empresa de tecnologia em gestão de estoque.

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O estudo comparou o preço médio de venda de seis veículos do segmento entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, e o Ka teve o pior desempenho. Enquanto o Renault Kwid, Fiat Mobi, Volkswagen UP, Hyundai HB20 e Chevrolet Onix apresentaram valorizações de 7,6% a 11,4% no período, o modelo popular da Ford apontou queda de 2%, com um preço médio de venda de 44.244 reais em fevereiro.

Tabela Auto Avaliar desvalorização de carros (AutoAvaliar/Mega Dealer)

A consultoria conclui que a forte e rápida queda dos preços é um reflexo natural do mercado após o anúncio de suspensão da produção.

Os modelos populares, como de costume, encabeçam a lista dos mais rentáveis no mês de fevereiro, com destaque para o Kwid, que retomou a primeira colocação. A novidade do mês foi a presença de três veículos SUV na lista, principalmente por causa da alta velocidade com que giram na concessionária. Além do EcoSport, aparecem ainda o Renault Captur e o Hyundai Creta.

Apesar de veículos com um custo médio mais alto, superior a 70.000 reais, todos apresentaram um bom desempenho. O EcoSport, por exemplo, levou apenas 21 dias para ser vendido, o que mostra uma procura forte no mercado.

O conceito de rentabilidade está relacionado aos concessionários. Consiste na relação do giro de estoque (período em que o carro levou para ser vendido) com o lucro líquido (diferença do valor que o concessionário pagou ao antigo usuário para o valor que ele vendeu para o novo dono).

Para o consumidor, os carros estão ficando mais caros por causa da oferta e demanda, aponta a pesquisa. O consumidor quer comprar, mas falta carro usado no mercado. Com isso, as lojas vendem em volume menor e precisam compensar aumentando os preços. Portanto, é indispensável barganhar para conseguir um valor melhor na hora da compra.

 

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