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Fatia do crédito no PIB sobe 4 pontos percentuais em 12 meses

No mês passado, volume de crédito do sistema financeiro atingiu 623,9 bilhões de reais, segundo o Banco Central

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

A participação do crédito na economia brasileira cresceu 3,9 pontos percentuais entre março de 2005 e março de 2006, segundo o Banco Central (BC), passando de 27,7% do PIB para 31,6% no período. De acordo com a instituição, a expansão reflete o bom desempenho das carteiras com recursos livres - aquelas cuja aplicação não é determinada por lei, caso do crédito imobiliário e rural. No mês passado, o volume total de crédito do sistema financeiro alcançou 623,9 bilhões de reais, com alta de 1,4% no mês e de 19,6% nos últimos 12 meses.

Na comparação com fevereiro, os banco públicos foram os que mais expandiram suas carteiras - 1,9% -, atingindo 228,8 bilhões de reais. Com isso, seu peso sobre o crédito total chegou a 36,7%. Em seguida, vieram os bancos estrangeiros, cuja taxa de crescimento foi de 1,7%, somando 138,7 bilhões de reais. Sua participação no volume total correspondeu a 21,9%. As instituições privadas nacionais responderam pela maior fatia da carteira, 41,1%, mas sua expansão foi a menor - 0,9%, para 256,4 bilhões.

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Os empréstimos com recursos livres representaram 67,2% do total, ou 419 bilhões de reais em março. A cifra corresponde a uma alta de 1,6% no mês e de 23,8% no acumulado de 12 meses. A busca por fontes alternativas de capital pelas empresas fez com que as operações com pessoas jurídicas crescessem 16,1% nos últimos 12 meses, menos que os 33,2% de alta das pessoas jurídicas. Segundo o BC, as emissões de ações, debêntures e fundos de investimento em direitos creditórios são cada vez mais buscadas pelas companhias como alternativas ao financiamento bancário.

A taxa média de juros apresentou queda de 0,5 ponto percentual em março, atingindo 45,7% ao ano. O spread bancário, porém, apresentou uma queda menor - 0,1 ponto - para 30,1%. No financiamento para pessoas jurídicas, o custo médio caiu 0,9 ponto, para 30,7%. Já para pessoas físicas, o corte foi de 0,2 ponto, para 59% ao ano.

A inadimplência da carteira de crédito referencial, considerados os atrasos superiores a 90 dias, ficou em 4,5% no mês passado. Na decomposição, as pessoas jurídicas apresentaram inadimplência de 2,2% e as físicas, de 7,2%.

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