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Equipes de escola pública são maioria na final do Desafio BMF&Bovespa

Competição atrai alunos do ensino médio e ensina conceitos de educação financeira e do mercado de ações

Alunos participam de eliminatória da competição (--- [])

Alunos participam de eliminatória da competição (--- [])

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

No próximo sábado (28/11) será realizada, em São Paulo, a final da quarta edição do Desafio BMF&Bovespa, competição em que equipes formadas por alunos do ensino médio de todo o estado se enfrentam com o objetivo de obter a maior rentabilidade em uma carteira virtual de ações. Segundo a BMF&Bovespa, na edição deste ano, pela primeira vez o número de equipes finalistas formadas por alunos de escolas da rede pública superou o de times de alunos da rede particular.

Para Patrícia Quadros, gerente dos programas de popularização da bolsa, a participação maciça de escolas públicas é resultado dos esforços de divulgação do desafio nas escolas. "A vencedora da primeira edição foi uma equipe de escola estadual, e as públicas sempre têm ficado entre as cinco melhores colocadas", diz.

As 30 escolas finalistas foram selecionadas em cinco eliminatórias realizadas ao longo do semestre. Nessas etapas, as equipes passam um dia inteiro no prédio da bolsa, envolvidas com a competição. Inicialmente, os alunos participam de palestras onde aprendem os principais conceitos de educação financeira, princípios de macroeconomia e o funcionamento do mercado de ações. Depois, as equipes são avaliadas com base no conteúdo apresentado, e a nota obtida por cada uma determina o valor virtual, limitado a 50 mil reais, que é utilizado durante a disputa.

Durante a competição, os estudantes recebem informações sobre a situação de empresas e a conjuntura econômica do país, e devem usá-las para tomar decisões de investimentos, usando o valor virtual recebido. Em cada eliminatória, as cinco equipes com carteiras de maior rentabilidade são classificadas para a final.

Mercado para todos
Quando os jovens chegam à BMF&Bovespa para participar do desafio, um pensamento comum, segundo Patrícia Quadros, é: “a bolsa não é para mim, é muito distante da minha vida”. “O objetivo da competição é justamente mostrar aos jovens que existem outras formas de investimento que não a poupança, a renda fixa. Queremos que eles entendam que a bolsa não é um jogo, que é para todos, e que foi feita para acumular patrimônio”, diz.

Alguns dos tópicos abordados durante a preparação teórica para o desafio são as noções de risco e retorno, e a de planejamento. “Os jovens têm essa característica de serem muito imediatistas. Por isso é importante que aprendam a poupar pensando no futuro”, afirma Patrícia.

A iniciativa, até agora, tem dado bons resultados. Os alunos das cinco primeiras colocadas no desafio recebem como prêmio créditos que vão de 2,5 até 25 mil reais, para aplicarem em clubes de investimentos. “A condição é que esse dinheiro fique pelo menos um ano investido, mas, o que temos observado é que, depois desse período, os alunos geralmente mantêm as aplicações. Isso demonstra que eles aprenderam o recado”.

Segundo informações da BMF&Bovespa, em outubro de 2009, o número de investidores pessoa física na bolsa, na faixa etária até 25 anos, era de 41.790 pessoas. O total de investidores dessa categoria na bolsa, em outubro, era de 555,7 mil pessoas.
 

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