Dólar vai cair mais com grau de investimento, diz Mantega
O ministro Guido Mantega (Fazenda) acredita que o grau de investimento concedido nesta quarta-feira ao Brasil pela agência Standard & Poor's poderá desvalorizar o dólar. Veja abaixo os principais trechos da entrevista: Sobre a valorização do real: "É natural que quando se recebe um grau de investimento, há uma valorização da moeda." "Temos o regime […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
O ministro Guido Mantega (Fazenda) acredita que o grau de investimento concedido nesta quarta-feira ao Brasil pela agência Standard & Poor's poderá desvalorizar o dólar. Veja abaixo os principais trechos da entrevista:
"É natural que quando se recebe um grau de investimento, há uma valorização da moeda."
"Temos o regime de câmbio flutuante, que nos ajuda a corrigir distorções. Se houver um grande aumento de importações, isso levará a uma desvalorização da moeda."
Sobre um aumento adicional do IOF:
"O IOF poderia aumentar, mas neste momento não existe um estudo (do Ministério da Fazenda) para aumentar o IOF. Se estourar a Terceira Guerra Mundial, se houver uma crise sistêmica, podemos pensar nisso. A cada momento examinaremos a situaçãio e daremos a resposta adequada. Nesse momento não há o que fazer."
Sobre o impacto nos juros:
"O risco do Brasil deve cair e as taxas de juros para os tomadores de crédito no país deverão cair. O efeito do grau de investimento é reduzir as taxas de juros, reduzir o custo de captação para o Brasil."
Sobre o anúncio do grau de investimento:
"O Brasil já é grau de investimento. Estamos todos de parabéns, a população e os governos que trabalharam para isso. O Brasil entrou para o grupo dos países respeitados e que têm economias sólidas e mais atraentes para investimentos."
Sobre a conjuntura:
"Este anúncio é importante porque estamos no meio de uma crise internacional."
"O país está recebendo reconhecimento internacional de que nossa política econômica é eficiente".
Sobre o controle da inflação:
"O governo tem-se esmerado no controle da inflação. Num momento de crise, de choque de oferta de alimentos, nossa inflação é inferior à maioria das taxas de inflação de países emergentes. Estamos conseguindo estar dentro da meta da inflação."
"Apesar de estarmos hoje em um momento de pressão de preço de alimento, do chamado choque de oferta de alimentos, que acontece em todo o mundo, o Brasil se situa numa situação favorecida."
"Os que dizem que não estamos controlando as despesas estão equivocados."
"No primeiro trimestre, as despesas nominais no primeiro trimestre deste ano cresceram menos que o PIB nominal. A relção dívida PIB caiu para 41,2% em abril, de 42,2% em fevereiro."
Sobre o risco Brasil:
"Estamos reduzindo a vulnerabilidade externa. Agora o risco Brasil deve cair e isso vai impactar o custo financeiro de captações para o Brasil."
"Hoje temos uma combinação da situação fiscal, cambial e monetária, que é sólida."