Corretora Planner reduz em 32% preço justo de ação da CSN

A corretora Planner reduziu em 32,5% a estimativa de preço justo de negociação para a ação ordinária da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) no pregão da BMFBovespa. Em relatório divulgado para o mercado, a Planner estimou que o valor do papel (CSNA3) possa atingir até 51 reais neste ano, contra uma previsão anterior de 75,5 reais. Apesar da queda, a corretora manteve a recomendação de compra da ação.

A redução do preço alvo foi motivada pela exposição que a siderúrgica possui no mercado externo de minério de ferro. Grandes mercados do minério brasileiro como a China reduziram suas compras nos últimos meses de 2008 e passaram a consumir os estoques com a expectativa de queda nos preços e a necessidade das empresas de fazer caixa. "Acreditamos que este é um fator de risco no curto prazo, pois esperamos que a demanda chinesa permaneça em queda durante 2009, assim como os preços de contrato, onde esperamos baixa de 15%"

Mesmo assim, a Planner considera que o foco da CSN no mercado interno de aços planos - utilizados na fabricação de veículos e geladeiras, por exemplo - e uma posição de caixa saudável minimizam os risco da ação.

Em documento assinado pelo analista Rodney Otero Melhados, o potencial de valorização do papel ordinário da CSN é de 37,5% considerando o preço de 37,08 reais da ação que foi negociado na última sexta-feira (09). "É importante observar que o preço atual de suas ações está muito abaixo do preço calculado no pior dos cenários", argumentou o analista.

A análise também considerou como positiva a venda de 40% da participação que a CSN tinha na Namisa (Nacional Minérios S.A.) e foi vendida em outubro do ano passado ao preço de 3,08 bilhões de dólares. "A CSN desfruta agora de posição financeira confortável para realizar seus investimentos, assim como aproveitar eventuais oportunidades de aquisição de outras empresas", diz a corretora no relatório.

Vendas

A Planner prevê uma alta de 5% nas vendas físicas totais da CSN para o mercado brasileiro neste ano, porém, considera que o volume comercializado de aços planos caia 3% devido ao desaquecimento da demanda pela crise. No mercado externo, a previsão é que as vendas caiam 10%.