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Corretora do Itaú vê ação da BM&FBovespa cara em relação a bolsas estrangeiras

Para analistas, papéis da holding terão desempenho abaixo da média do mercado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A corretora do Itaú reviu suas projeções para as ações ordinárias da BM&FBovespa Holding (BVMF3, com direito a voto), responsável pela operação da bolsa de valores brasileira. Em relatório, os analistas elevaram a expectativa do preço justo dos papéis para dezembro de 11 reais para 11,70 reais. Nesta quinta-feira (5/2), as ações fecharam a 6,93 reais. Por isso, a estimativa da corretora aponta para um potencial de valorização de 69%. Apesar o incremento, a corretora manteve a recomendação de "underperform", ou seja, para o Itaú, os papéis terão um desempenho abaixo da média do mercado.

Assinado pelos analistas Victor Mizusaki, Domingos Falavina e Alcir Freitas, o relatório afirma que as ações da BM&FBovespa não estão baratas. A corretora estima um P/L (preço da ação dividido pelo lucro líquido por ação) dos papéis de 12,9 para este ano. O número indica um prêmio de 1% sobre a média dos papéis de outras holdings que administram bolsas de valores pelo mundo. Mas, para os analistas, o mais adequado, neste momento, é avaliar os papéis por outro indicador - o EV/Ebitda (valor da empresa, menos as dívidas, dividido pelo Ebitda). A razão é que este indicador não é influenciado pelo caixa da empresa em certo momento.

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Por esse parâmetro, as ações BVMF3 estão sendo negociadas com um prêmio de 30% em relação a seus pares de outros países. A corretora afirma, ainda, que a BM&FBovespa Holding é mais dependente de receitas geradas a partir do volume de negociação de seu pregão, que outros centros financeiros do planeta. As receitas líquidas recorrentes da empresa representam 7% do total, e são compostas por serviços de tecnologia, banco de dados e custódia de ativos.

Por isso, a corretora afirma que, em meio a uma tendência de baixa do mercado de ações, as ações BVMF3 poderiam cair para um piso de 3 reais por papel, ajustando-se ao nível de EV/Ebitda de seus pares internacionais, ou até se depreciar mais. A corretora do Itaú opera de modo independente ao banco.

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