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Como reorganizar meus 5 milhões de reais?

Internauta quer saber se é melhor escolher um serviço de Private Bank ou um Family Office

Family Offices são destinados a quem tem a partir de 5 milhões de reais (Arquivo/Você SA/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 16h47.

Dúvida do internauta: Tenho aplicações em renda fixa, em Letras de Crédito Imobiliário (LCI), ações, titulos públicos, depósitos na poupança e imóveis. O total desse patrimônio chega a 5 milhões de reais. Gostaria de fazer uma melhor organização desses investimentos. É melhor fazer por Private Bank ou Family Office? E qual a diferença entre eles?

Resposta de Fabiano Pessanha*:

Após a entrada do Plano Real e o controle da Inflação, o mercado financeiro brasileiro passou por diversas mudanças em sua regulamentação. Surgiram títulos de prazos mais longos, novos instrumentos derivativos, enfim, um aumento da profundidade e abrangência do mercado financeiro. Novas classes de fundos foram criados, facilitando a gestão patrimonial dos clientes e a realização de seu planejamento sucessório.

Era o cenário necessário para o crescimento de estruturas como as Family Offices e os Private Banks no Brasil, a partir do crescimento da gestão profissional de investimento de clientes com patrimônio elevado.

De forma geral, as estruturas de Private Banks (private) e dos Family Offices (family) oferecem o serviço de consultoria e gestão patrimonial, pessoal ou familiar, com o objetivo de perpetuação do patrimônio e sua transição para novas gerações. Esses serviços são voltados para clientes com investimento superior à um milhão de reais, no caso dos private banks, e de 5 à 10 milhões de reais nos family offices. Hoje, segundo dados da ANBIMA, este mercado corresponde a 50.000 clientes, com 434 bilhões de reais em ativos sob gestão.

Enquanto o termo “private bank” em geral é utilizado para estruturas montadas em bancos comerciais e de investimentos, as family offices possuem uma característica mais holística. Além da característica dos “private”, elas possuem um modelo de investimento independente combinado a uma “arquitetura aberta”, que possibilita alavancar o relacionamento com os melhores prestadores de serviço do mercado, sem necessariamente estar ligado a um único conglomerado financeiro. Elas podem ser oferecidas a uma única família, ou a várias (Single ou Multi-Family Offices).

Um bom exemplo de uma Family Office é a F.O. Rockefeller, criada nos EUA para a família Rockefller a partir do séc. XIX. No Brasil esta estrutura é ainda recente.

Para a sua necessidade e com este patrimônio alocado em diversos ativos se faz relevante analisar se é alta a sua confiança em relação ao banco comercial, e se você tem interesse em permanecer com esta instituição por muitos anos. Caso contrário, analise a estrutura de uma family office e seu relacionamento com os clientes.

Um bom começo é analisar o corpo de consultores financeiros das duas estruturas, verificando, além da customização de suas demandas, a qualificação de seu corpo de atendimento. A certificação CFP de Planejador Financeiro já é considerada um diferencial para este perfil de cliente.

*Fabiano Pessanha, CFP é gerente comercial da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

Mande a sua dúvida para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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Dúvida do internauta: Tenho aplicações em renda fixa, em Letras de Crédito Imobiliário (LCI), ações, titulos públicos, depósitos na poupança e imóveis. O total desse patrimônio chega a 5 milhões de reais. Gostaria de fazer uma melhor organização desses investimentos. É melhor fazer por Private Bank ou Family Office? E qual a diferença entre eles?

Resposta de Fabiano Pessanha*:

Após a entrada do Plano Real e o controle da Inflação, o mercado financeiro brasileiro passou por diversas mudanças em sua regulamentação. Surgiram títulos de prazos mais longos, novos instrumentos derivativos, enfim, um aumento da profundidade e abrangência do mercado financeiro. Novas classes de fundos foram criados, facilitando a gestão patrimonial dos clientes e a realização de seu planejamento sucessório.

Era o cenário necessário para o crescimento de estruturas como as Family Offices e os Private Banks no Brasil, a partir do crescimento da gestão profissional de investimento de clientes com patrimônio elevado.

De forma geral, as estruturas de Private Banks (private) e dos Family Offices (family) oferecem o serviço de consultoria e gestão patrimonial, pessoal ou familiar, com o objetivo de perpetuação do patrimônio e sua transição para novas gerações. Esses serviços são voltados para clientes com investimento superior à um milhão de reais, no caso dos private banks, e de 5 à 10 milhões de reais nos family offices. Hoje, segundo dados da ANBIMA, este mercado corresponde a 50.000 clientes, com 434 bilhões de reais em ativos sob gestão.

Enquanto o termo “private bank” em geral é utilizado para estruturas montadas em bancos comerciais e de investimentos, as family offices possuem uma característica mais holística. Além da característica dos “private”, elas possuem um modelo de investimento independente combinado a uma “arquitetura aberta”, que possibilita alavancar o relacionamento com os melhores prestadores de serviço do mercado, sem necessariamente estar ligado a um único conglomerado financeiro. Elas podem ser oferecidas a uma única família, ou a várias (Single ou Multi-Family Offices).

Um bom exemplo de uma Family Office é a F.O. Rockefeller, criada nos EUA para a família Rockefller a partir do séc. XIX. No Brasil esta estrutura é ainda recente.

Para a sua necessidade e com este patrimônio alocado em diversos ativos se faz relevante analisar se é alta a sua confiança em relação ao banco comercial, e se você tem interesse em permanecer com esta instituição por muitos anos. Caso contrário, analise a estrutura de uma family office e seu relacionamento com os clientes.

Um bom começo é analisar o corpo de consultores financeiros das duas estruturas, verificando, além da customização de suas demandas, a qualificação de seu corpo de atendimento. A certificação CFP de Planejador Financeiro já é considerada um diferencial para este perfil de cliente.

*Fabiano Pessanha, CFP é gerente comercial da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

Mande a sua dúvida para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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