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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 11h26.
Para participar de um IPO (sigla em inglês para oferta pública de ações), o investidor pessoa física precisa, primeiramente, cadastrar-se junto a uma corretora autorizada pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). É ela que vai intermediar o negócio na Bolsa.
Durante o período de reserva, que consta no prospecto da oferta pública, o investidor poderá entrar em contato com a corretora - por telefone, pessoalmente ou via internet - e solicitar a compra das ações. O preço dos papéis, no entanto, será fixado somente às vésperas do IPO, após o encerramento do período de reserva. Por isso, os pedidos devem ser feitos em reais, e não pela quantidade de papéis. Assim, o investidor poderá solicitar à corretora que compre 10.000 reais em ações, por exemplo.
Encerrado o período de reserva, o investidor não poderá mais desistir do negócio. Por isso, é importante ter certeza de que se deseja participar da oferta pública antes de solicitar a compra dos papéis.
No processo chamado bookbuilding, é definido o preço inicial das ações a partir de uma consulta aos investidores institucionais. Também é verificada a demanda pelas ações e, caso seja superior à oferta, poderão ser feitas limitações aos pedidos de compra. Ou seja, o investidor de varejo que tenha solicitado a compra de 10.000 reais em ações, por exemplo, poderá levar apenas 8.000 reais.
O custo da operação para o investidor restringe-se ao valor das ações, uma vez que a comissão de corretagem é paga pela empresa.
Quando vale a pena participar de um IPO?
Como não há nada que garanta a valorização das ações, o investidor precisa fazer uma análise cuidadosa da empresa e do setor no qual ela atua antes de decidir participar do IPO.
Por determinação da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), órgão que regula o mercado acionário, as corretoras não podem recomendar ou desaconselhar o investimento. E, como não existe um histórico prévio da companhia, as informações que poderão servir de base para análise serão as que constam no prospecto da oferta pública.
A maioria dos investidores pessoa física não possui conhecimento econômico suficiente para fazer uma análise precisa das informações. Portanto, definir se a compra dos papéis será ou não um bom negócio não será tarefa fácil.
Somente em 2007, mais de 50 companhias estrearam na Bovespa. Nem todas com rendimento positivo. Há empresas que, do IPO pra cá, fizeram com que o investidor perdesse grande parte dos recursos investidos. Em compensação, há quem tenha faturado muito com as novatas.