São Paulo - Os remédios ficaram 6,26% mais caros em abril, logo depois que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos autorizou um reajuste de até 12,5% nos preços de remédios vendidos em todo o país. Foram eles os maiores responsáveis por puxar a inflação de abril, que foi de 0,61% no mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ). E agora, dá para economizar?
Sempre dá, mesmo quando se fala de saúde, basta ter um pouco de paciência. Anote o que diz a receita dos especialistas ouvidos por EXAME.com: aproveite os subsídios do governo, prefira genéricos, compare preços e procure descontos.
Farmácia Popular
O primeiro passo para economizar nos medicamentos é conferir se o remédio que você precisa é oferecido de graça ou com desconto pelo Farmácia Popular, como recomenda a professora de farmacologia Patricia Medeiros, da Universidade de Brasília ( UnB ).
O programa do Governo Federal oferece alguns remédios para o tratamento contínuo de pressão alta e diabetes, além de vender outros medicamentos com até 90% de desconto ( veja a lista de medicamentos fornecidos ).
Para aproveitar os benefícios do programa, o interessado precisa apenas se dirigir a uma farmácia credenciada ( veja a mais próxima ) e levar a receita médica e seu RG, não importa sua renda. “Fique atento, porque muitas farmácias credenciadas pelo Farmácia Popular vendem os medicamentos com desconto, quando na verdade deveriam oferecê-los de graça”, orienta Patricia.
Genéricos x similares
Mais baratos, os medicamentos genéricos têm exatamente as mesmas propriedades que os medicamentos de marca, também chamados de referência, como explica o farmacêutico Rogério Hoefler, subcoordenador do Centro Brasileiro de Informações sobre Medicamentos (Cebrim), órgão do Conselho Federal de Farmácia (CFF).
Os medicamentos de marca só são mais caros porque foram desenvolvidos pela primeira vez pelo laboratório e têm o direito sobre a patente. A eficiência dos genéricos é comprovada por testes que devem ser apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ). Por isso, Hoefler diz que não há problema algum em substituir o medicamento de marca pelo genérico.
“Ele só não vai funcionar no organismo se você não acreditar que ele funciona, ou em casos de descontrole de qualidade. Mas não podemos nos pautar pela ilegalidade”, ressalta o farmacêutico.
Para comprar genéricos que precisam de receita, o médico precisa prescrevê-los pelo nome do princípio ativo, e não pela marca comercial.
Além dos medicamentos de marca e dos genéricos, há também os remédios similares. “Costumo dizer que eles são genéricos com marca”, explica Hoefler. Os similares não são produzidos pela primeira marca que originou a composição química, mas têm uma marca própria e não levam apenas o nome da substância.
Eles também tendem a ser mais baratos, mas podem não ser tão confiáveis. Desde 2003, os laboratórios que produzem medicamentos similares são obrigados pela Anvisa a manter os mesmos principios ativos e a fazer testes de bioequivalência, como acontece com os genéricos.
No entanto, Patricia, da UnB, explica que nem todos os laboratórios se adaptaram 100% às regras, e que, às vezes, diferenças de embalagem, corantes e conservantes, por exemplo, podem mudar o efeito do remédio. “Se houver qualquer reação ao medicamento ou se ele não fizer o efeito esperado, procure seu médico e notifique a Anvisa, que precisa de denúncias”, aconselha.
Diferenças de preços e descontos
Os preços costumam variar bastante entre as farmácias, por isso, se você tiver paciência para comparar os valores, a pesquisa pode render uma boa economia, como sugere Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste. Para facilitar a busca, uma boa dica é acessar sites que comparam preços de medicamentos, como o Consulta Remédios e o CliqueFarma ( veja mais sites ).
Outro caminho é tentar descontos por meio de entidades de classe e planos de saúde. Alguns deles têm parcerias com redes de farmácia e podem garantir preços menores se você apresentar a carteirinha do convênio no momento da compra. “Mas não deixe de pesquisar. Grandes farmácias conseguem negociar mais com os laboratórios e as pequenas às vezes colocam os estoques em promoção”, sugere Maria Inês.
Ela também recomenda participar de programas de fidelidade de laboratórios, normalmente com cadastro pelo site. Os descontos costumam ser oferecidos em farmácias conveniadas, para remédios de tratamentos contínuos.
São Paulo - O dinheiro anda curto e você tem roupas e objetos que estão sem uso há um bom tempo? Que tal revendê-los na internet para aliviar o
orçamento ? Já existem pelo menos 15 sites especializados na compra e venda de produtos usados no país. As maiores plataformas permitem vender praticamente qualquer tipo de produto, enquanto outras são especializadas na venda de roupas e calçados; artigos infantis, móveis e objetos de decoração e até smartphones. Os
sites que reúnem produtos usados se enquadram no conceito de
economia colaborativa , que consiste em conectar pessoas com interesses e necessidades comuns e, dessa forma, facilitar a venda, compartilhamento e troca de serviços e objetos. De acordo com uma pesquisa feita pela associação de consumidores Proteste com 676 brasileiros, o conceito vem ganhando força no país. Dentre os entrevistados, 88% já participaram de alguma atividade relacionada à economia colaborativa. Entre as práticas citadas, a compra e venda de produtos usados é a mais comum: 76% dos consumidores já compraram ou venderam produtos usados, sendo que 39% descobriram a iniciativa pela internet. Entre os motivos que levaram os brasileiros a buscarem essas plataformas, 43% citaram a economia de gastos e 8% mencionaram o objetivo de ganhar dinheiro. Conheça, nas fotos a seguir, as plataformas que permitem vender e comprar produtos seminovos e usados:
2. Desapego 2 /17(Reprodução)
O
Desapego vende roupas e acessórios usados. Para que um produto seja anunciado, ele deve passar por uma análise que comprove sua qualidade. O site faz a intermediação do pagamento, que somente é liberado ao vendedor quando o produto é recebido pelo comprador. As condições de entrega e frete são de responsabilidade do anunciante.
3. Enjoei 3 /17(Reprodução)
O site
Enjoei permite vender acessórios, roupas e calçados usados, entre outros objetos. A plataforma cobra uma taxa de 20% sobre o valor da venda e 2,15 reais por anúncio, mas ambas as taxas incidem apenas sobre transações concluídas. Caso o produto não seja vendido, o anunciante fica isento de qualquer cobrança. Cabe ao anunciante definir se fará a entrega em mãos ou por correio e se será cobrado algum valor pelo frete.
4. Mercado Livre 4 /17(Reprodução)
No
MercadoLivre é possível vender diversos tipos de objetos usados. Durante 60 dias, o anúncio no site e a venda são isentos de tarifas. Caso o vendedor queira fazer um anúncio por tempo ilimitado, é cobrada uma tarifa de 10% sobre o valor da transação. O anunciante tem a opção de pagar uma taxa para receber o pagamento do produto à vista, mesmo oferecendo aos compradores a opção de pagamento parcelado. Para enviar o produto, basta levar o item em questão aos Correios. O site tem um sistema que permite avaliar compradores e vendedores.
5. OLX 5 /17(Reprodução)
O site de classificados
OLX reúne anúncios gratuitos de diversas categorias de produtos usados, como móveis, acessórios para bebês e eletrônicos. Vendedores que tiverem cinco produtos anunciados no site podem criar uma loja virtual, também sem custos. O site cobra apenas por serviços adicionais, como para destacar um anúncio em algum espaço privilegiado do site. Condições sobre pagamento e entrega de cada produto devem ser combinadas entre comprador e vendedor.
6. Peguei Bode 6 /17(Reprodução)
O site
Peguei Bode vende roupas e acessórios seminovos de marcas de luxo. Muitas vezes as peças são encontradas apenas no exterior e vários dos produtos chegam a ter fila de espera. Todos os itens passam por uma análise para checagem de qualidade antes de serem anunciados no site.
7. Que Barato! 7 /17(Reprodução)
O site de classificados
Que Barato! permite anunciar diversos produtos usados de forma gratuita. Um dos seus diferenciais é que ele também é aberto ao anúncio de serviços. Assim, se você tiver alguns dotes culinários, ou for afiado em matemática, você também pode vender algumas aulas particulares.
8. Uzlet 8 /17(Reprodução)
O
Uzlet é especializado na venda de celulares usados. Para revender o aparelho, basta fazer um cadastro e aguardar uma proposta do site para compra do smartphone. Caso resolva aceitá-la, é necessário enviar o celular para análise do site. Se o aparelho estiver em bom estado, o Uzlet realiza o pagamento do valor combinado em até dois dias úteis.
9. Estante Virtual 9 /17(Reprodução)
O
Estante Virtual comercializa livros usados. Para anunciar, é necessário optar por um dos planos de assinatura oferecidos pelo site. Para vender até 2 mil livros, por exemplo, é necessário pagar uma mensalidade de 49,90 reais. A plataforma tem uma ferramenta de pagamento online e os custos do envio de produtos são repassados aos compradores.
10. Remobile 10 /17(Reprodução)
O
Remobile vende móveis e objetos de decoração usados. É necessário realizar um cadastro do produto, que passará por uma análise do site. Caso aprovado, o item será vendido pelo valor sugerido pelo anunciante, somado a uma taxa cobrada pelo site. Concluída a transação, o vendedor receberá sua parte do negócio em até 30 dias úteis, já descontada a comissão de 20% cobrada pelo site para intermediação do negócio. Os custos para retirada e entrega do produto são repassados ao comprador e as empresas de transporte que realizam o serviço são indicadas pelo site.
11. Ficou Pequeno 11 /17(Reprodução)
O
Ficou Pequeno, especializado em artigos usados para bebês e crianças, não cobra por anúncios no site. A entrega é de responsabilidade do vendedor, que pode enviar a encomenda pelos Correios ou combinar a retirada do produto pessoalmente. Concluída a transação, o site cobra uma comissão de 20% sobre o valor da venda, que é recebido pelo anunciante em até 14 dias úteis. Anúncios de produtos com grandes descontos ou que nunca foram usados ganham destaque no site.
12. DescolaAí 12 /17(Reprodução)
No
DescolaAí, site que reúne diversas categorias de produtos usados, como eletrônicos, ferramentas e utensílios domésticos, o cadastro do produto é feito de forma gratuita. O site apenas cobra uma comissão de 10% sobre a venda quando a transação é concluída. A plataforma oferece um sistema de pagamento virtual.
13. eBay 13 /17(Reprodução)
O
eBay permite vender diversos produtos usados. Para isso, é necessário se cadastrar como vendedor no site. O site poderá cobrar tarifas por anúncios, mas, em geral, os 20 primeiros anúncios postados por mês são gratuitos. Concluída a transação, o site cobra 10% sobre o valor total da venda. Serviços adicionais para melhora das buscas do anúncio são cobrados à parte.
14. Market Decor 14 /17(Reprodução)
O
Market Decor vende móveis e objetos de decoração usados. Para anunciar produtos no site, é necessário realizar um cadastro e todas as peças devem passar por uma análise do site antes de serem colocadas à venda. Concluída a venda, o produto deve ser entregue em até três dias úteis. Tanto a retirada, como entrega do produto, são de responsabilidade do vendedor. O vendedor recebe sua parte na venda apenas dez dias úteis após a confirmação do recebimento do produto pelo comprador. O site cobra uma taxa de 20% sobre o valor total da venda e uma taxa de 2,10 reais pelo anúncio.
15. Retroca 15 /17(Reprodução)
O
Retroca é um site especializado em roupas e acessórios infantis para crianças de 0 a 12 anos. Todas as peças vendidas na plataforma são compradas pela central de vendas do site. Para vender produtos, o usuário solicita uma sacola do Retroca, que é enviada sem nenhum custo e deve ser preenchida por roupas infantis que atendam os requisitos de qualidade do site. Antes de enviar o pacote, o usuário consegue estimar o valor que irá receber pelos produtos em uma calculadora disponível no site. Após a entrega, a sacola é inspecionada e os itens aprovados, que serão vendidos no site, são pagos ao usuário. Os itens não aprovados podem ser doados ou devolvidos.
16. Tradr 16 /17(Reprodução)
O aplicativo para iPhone e Android Tradr tem design similar ao da rede de compartilhamento de fotos Instagram. Os compradores veem fotos de cada produto anunciado e curtem os que têm interesse em comprar. O vendedor poderá então entrar em contato com os interessados e combinar os termos da transação pelo próprio aplicativo, sem a necessidade de trocar e-mails, por exemplo.
17. Agora conheça 15 plataformas de aluguel de objetos 17 /17(Artemsam/Thinkstock)