Exame Logo

Citibank compra a Intra Corretora

Aquisição faz parte da estratégia do banco americano de investir em países emergentes

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O Citibank anunciou nesta quinta-feira (19/7) a compra da Intra Corretora. Sem divulgar o valor da operação, a instituição enfatizou que a nova aquisição vai complementar os negócios do banco americano no Brasil, que até então operava bolsa de valores apenas para investidores institucionais. "Estavam faltando as transações de varejo, que são muito importantes para nossa estratégia de negócios", ressaltou o presidente do Citibank no Brasil, Gustavo Marin.

Com a aquisição, o Citibank dobra sua atuação no mercado de capitais brasileiro. Por dia, a Intra movimenta 400 milhões de reais com a compra e venda de ações por pessoas físicas. E a expectativa do Citibank é incrementar esse número ainda mais, unindo sua base de clientes aos 25.000 clientes da corretora.

Veja também

As negociações tiveram início no segundo semestre do ano passado, época em que começaram a surgir os primeiros sinais de crise no mercado de crédito hipotecário de alto risco ( subprime) nos Estados Unidos. Mas, segundo Marin, as perdas da instituição com o subprime não prejudicaram as negociações. "O Brasil faz parte dos países considerados prioritários pela matriz. A orientação agora é desfazer de ativos que crescem a uma taxa anual de 5% a 6% para investir em outros que expandem 20% a 30% ao ano", disse Marin ressaltando que o pior da crise já passou e que o Citibank está capitalizado. Em oito meses, segundo Marin, foram levantados 44 bilhões de dólares.

A Intra foi a primeira corretora a ser adquirida pelo banco americano no Brasil, mas pode não ser a única. "Estamos analisando o mercado e se houver uma boa oportunidade vamos investir", disse Roberto Serwaczak, diretor da corretora do Citibank. Com o boom do mercado de capitais brasileiro, os bancos passaram a ficar de olho nas corretoras. O Credit Suisse se antecipou e comprou, em dezembro de 2006, a Hedging-Griffo por 294 milhões de dólares. Em março deste ano foi a vez do Bradesco desembolsar 830 milhões de reais pela Ágora.

Para o sócio-diretor da Intra, João Augusto Pereira Queiroz, o processo de consolidação do setor está só começando. Na opinião dele, as corretoras independentes terão grandes dificuldades de manter seu ritmo de crescimento nos próximos meses, já que abertura de capital da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou a possibilidade de outras instituições operarem na Bolsa - aumentando a concorrência no setor. "Chegamos à conclusão de que teríamos dois caminhos: vender a corretora ou abrir um banco de investimento", disse Queiroz.

A segunda opção foi a escolhida pela Geração Futuro. Em maio passado, a instituição criou um banco de investimento, separando a gestão de recursos de terceiros das operações da corretora. Com isso, a Geração Futuro diversificou sua atuação, oferecendo aos clientes, além de investimentos em renda variável, fundos de private equity com uma aplicação mínima de 100 reais.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Minhas Finanças

Mais na Exame