CDI x Inflação: entenda a diferença nos fundos imobiliários de CRI
O professor Arthur Vieira de Moraes, da EXAME Research, responde dúvidas dos leitores sobre fundos imobiliários
Karla Mamona
Publicado em 19 de dezembro de 2020 às 08h13.
O professor Arthur Vieira de Moraes, especialista em fundos imobiliários (FIIs) da EXAME Research (a divisão de análise de investimentos da EXAME ), responde a perguntas de investidores em seu programa semanal. O FIIs em EXAME vai ao ar toda sexta-feira às 15h no canal da casa de análises no YouTube.Veja abaixo uma das perguntas respondidas no último programa, que foi ao ar nesta sexta-feira, 18 de dezembro:
Gostaria de entender os motivos das diferentes taxas observadas nos CRIs. Por que as taxas dos títulos atrelados à inflação são bem mais altas do que as dos atrelados ao CDI? É comum vermos IGP-M+ 7% ou 8%, e CDI+ 2% ou 3%. Os fundos imobiliários de CRIs atrelados ao CDI nunca ganharão dos atrelados à inflação?
Caro leitor, muito obrigado por enviar a dúvida. Se você olhasse apenas o ano de 2020, certamente eu iria dizer que você está correto na sua observação, mas não é exatamente isso o que acontece. Hoje, o CDI a 1,9% ao ano é muito atípico.
No passado, quando era CDI+2%, estávamos falando de 14,25% mais 2% ao ano. Isso explica esta diferença. Agora, se o CDI ficar baixo por muito tempo isso irá mudar. A sua observação está correta, leitor. Mas é uma situação muito nova no Brasil. Se o CDI ficar baixo por muito tempo esta situação vai mudar. Historicamente, o CDI era muito maior que o IPCA. Desta maneira, a parte pós-fixada do CDI respondia desta maneira.
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