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Caixa reduz teto de financiamento para imóveis usados para 50%

Ao mesmo tempo, a Caixa informa a suspensão de novos financiamentos com interveniente quitante

Caixa: as medidas entram em vigor na próxima segunda-feira (Antonio Cruz/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de setembro de 2017 às 18h55.

Última atualização em 22 de setembro de 2017 às 19h50.

Brasília - A Caixa Econômica Federal reduzirá a partir da segunda-feira, 25, o limite para o financiamento de imóveis usados para até 50% do valor.

Até hoje, clientes podiam financiar até 60% ou 70% do montante dependendo da operação contratada. A medida reforça o aperto das condições de crédito para o setor, que já sofreu restrição no mês de agosto.

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O ajuste dos limites de financiamento ocorre como parte da estratégia de melhor alocação de capital disponível da instituição financeira estatal. Isso acontece porque, a despeito da crise econômica, a concessão de crédito para casa própria continua em forte expansão.

Nas operações com taxas reguladas - principal segmento da Caixa -, o valor concedido em novas operações cresceu 24% no trimestre encerrado em julho na comparação com os três meses até abril.

Entre maio e julho, foram concedidos R$ 2,4 bilhões nesse tipo de operação em todo o mercado.

Diante desse cenário, o banco estatal já havia reduzido limites para o crédito imobiliário em agosto.

Na ocasião, o teto para o financiamento havia sido reduzido de 90% para 80% no caso dos imóveis novos e para os patamares entre 60% e 70% no caso dos usados.

Em nota divulgado nesta noite de sexta-feira, 22, a Caixa informa que o novo limite passará a vigorar na próxima semana apenas para as novas operações.

Propostas entregues recentemente e que pediam financiamento nas faixas anteriores terão o processo de análise concluído e, caso aprovadas, terão direito aos limites anteriores de crédito sem alteração dos valores.

A Caixa também deverá anunciar a suspensão temporária dos financiamentos com interveniente quitante - quando um cliente procura a instituição para financiar a compra de imóvel que ainda está alienado em outra operação de financiamento.

Nessa transação, o banco quita a dívida com a instituição anterior com a criação de um crédito para o novo comprador.

Dados do Banco Central mostram que a carteira de crédito imobiliário soma atualmente R$ 555,1 bilhões, sendo R$ 490 bilhões em operações com taxas reguladas - juros limitados pelo governo - e R$ 65,1 bilhões em financiamentos com juros de mercado.

A grande fonte de recursos para o financiamento imobiliário é a caderneta de poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Dos recursos da poupança captados pelos bancos, 80% devem ser emprestados para a compra da casa própria com juros regulados e 20% podem ser alocados com taxas livres.

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