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Brasil capta US$ 1 bilhão em nova emissão de títulos

Oferta inicial era de US$ 750 milhões, mas apetite dos investidores levou o governo a ampliar a oferta

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O Banco Central (BC) realizou nesta quarta-feira (6/10) uma nova emissão de títulos soberanos, com a qual captou 1 bilhão de dólares. A operação, liderada pelos bancos Citigroup e JP Morgan, pretendia levantar inicialmente 750 milhões de dólares, mas o interesse dos investidores fez o governo ampliar a oferta. Os papéis têm prazo de vencimento de 15 anos e sua remuneração (yield) será de 9,15% ao ano.

Com a emissão, o governo já antecipa o programa de captações traçado para 2005. Os planos são de obter 6 bilhões de dólares no exterior, a fim de quitar um total de 6,117 bilhões em vencimentos da dívida externa. As captações programadas para 2004 foram encerradas em 8 de setembro, quando o governo ofertou 250 milhões de euros em títulos públicos. No total, o país obteve 5,5 bilhões de dólares neste ano, sendo 4 bilhões em 2004 e 1,5 bilhão em uma captação antecipada no final de 2003 (veja ainda reportagem de EXAME sobre como o governo se articula para captar recursos no exterior).

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Segundo Paulo Gomes, estrategista da Global Invest Asset Management, a oferta veio em boa hora. O risco-país está abaixo dos 500 pontos, e várias agências de classificação de risco elevaram a nota do Brasil e de empresas brasileiras, o que indica otimismo dos investidores em relação ao momento econômico vivido pelo país. Gomes observa que, para elevar as reservas do Tesouro Nacional, a outra opção do governo seria comprar dólares no mercado interno. "Mas essa estratégia elevaria a cotação da moeda e pressionaria a inflação", afirma.

Gomes observa, ainda, que, ao reforçar seu caixa, o governo federal ganha mais margem de manobra para, eventualmente, não renovar o acordo com o Fundo Monetário Internacional. As negociações para um novo contrato devem ser concluídas até março do ano que vem e, com o superávit da balança comercial batendo em 30 bilhões de dólares em 2004, conforme previsões do governo, e o mercado externo aberto aos títulos brasileiros, o país ganha mais condições de não renovar o acordo.

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