Depois de um terceiro trimestre considerado fraco, a Suzano deve se recuperar e apresentar melhores resultados no último trimestre de 2009, segundo os analistas da corretora Brascan. A evolução é esperada sob as perspectivas de aumento no preço da celulose, a recuperação da economia e o aumento das compras de papel do governo para a produção de livros didáticos.

Os analistas apontam ainda outras oportunidades de crescimento para a companhia, dentre elas, a crescente importância da China para o setor de papel e celulose - segundo a corretora, o país asiático é o terceiro maior cliente das exportações brasileiras de celulose. Além disso, caso os projetos de crescimento anunciados pela Suzano sejam implantados, a capacidade anual de celulose da companhia crescerá 4,3 milhões de toneladas e a capacidade total de produtos passará a 7,2 milhões de toneladas por ano de papel e celulose.

Resultados
Os principais impactos negativos nos números da Suzano no terceiro trimestre de 2009 resultaram de uma combinação de fatores. O incidente ocorrido na Linha 2 da Unidade Mucuri, aliado às paradas programadas de manutenção da Linha 1 de Mucuri e Conpacel, levou a uma redução de 6,4% na produção de celulose da companhia. Desconsiderando este efeito, o EBITDA da companhia no trimestre seria de 232,7 milhões de reais, mas o valor registrado foi de 218 milhões.

Por outro lado, a companhia registrou lucro líquido de 212,5 milhões de reais, beneficiado pela receita financeira de variações cambiais sobre a dívida em dólar. Assim, a dívida líquida da Suzano diminuiu em 476 milhões de reais.

As vendas de papel no exterior também trouxeram bons resultados, voltando a patamares históricos. As exportações alcançaram, no terceiro trimestre, 41,1% do total das vendas, em comparação a 53,7% no trimestre anterior e 40,7% no terceiro trimestre de 2008. Os analistas da Brascan ressaltam, entretanto, que o mercado interno fornece maiores margens à empresa.

As ações da Suzano (SUZB5) operavam em queda de 1,96% às 16h13, sendo negociadas a 17,54 reais. O Ibovespa operava em queda de 0,57%, aos 65.749 pontos.