Exame Logo

Bradesco vira líder em home broker

Com a compra da Ágora, instituição passar a ter 165 mil clientes operando pela internet

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Com a compra da corretora Ágora por 830 milhões de reais, o Bradesco passa a liderar o segmento de home broker no Brasil. A instituição contará com 165.000 clientes, que em 2007 movimentaram 58 bilhões de reais.

Inicialmente, as estruturas das corretoras Bradesco e Ágora serão mantidas independentes. "Não vai mudar nada, nem para os funcionários, nem para os clientes", disse o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, destacando que não haverá canibalização. "As duas corretoras têm mostrados resultados muito bons na conquista de clientes. Não há motivos para eliminar um dos dois modelos", afirma.

Veja também

Segundo Cypriano, menos de 10% dos investimentos no Brasil são feitos em ações. Nos Estados Unidos, esse valor ultrapassa os 60%. "Temos, portanto, um mercado com grande potencial de crescimento e essa expansão deve ser acelerada", diz. A instituição, no entanto, não deve lançar promoções para atrair clientes. "Os valores de corretagem em ambas as corretoras permanecerão os mesmos, e todos os serviços que são oferecidos hoje serão mantidos."

Dos 830 milhões de reais envolvidos no negócio, 500 milhões de reais referem-se à corretora e 330 milhões de reais às ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da Bolsa de Mercadoria & Futuros (BM&F) detidas pela Ágora. As instituições negociavam desde o ano passado e, no acordo firmado nesta quinta-feira (6/5), ficou definido que o pagamento será feito por meio de ações do Bradesco Banco de Investimentos (BBI). Dessa forma, os ex-donos da Ágora passam a deter 8% de participação no BBI e, caso desejem se desfazer das ações, o Bradesco terá prioridade na compra dos papéis.

A operação, de acordo com o diretor de Relações com Investidores do Bradesco, Milton Vargas, não deverá afetar as ações do banco na Bovespa. "Dados os resultados da Ágora, o impacto da compra no balanço deve ser neutro no primeiro ano e gerar ganhos a partir do segundo ano", afirma.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Minhas Finanças

Mais na Exame