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Bolsonaro quer elevar isenção do imposto de renda para R$ 3 mil em 2022

Presidente disse que gostaria de encerrar o mandato com isenção de IR para todos que ganham até 5 mil reais mensais, mas reconheceu que não será possível

Jair Bolsonaro: no mês passado, o presidente disse que tentaria passar a renda livre do pagamento do imposto para quem ganha até R$ 3 mil mensais (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 20h11.

Última atualização em 15 de janeiro de 2021 às 11h19.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que pretende elevar a isenção do imposto de renda para todos que ganhem até 3.000 reais por mês no próximo ano, após reiterar que não foi possível mexer na tabela do IR em 2020 devido aos impactos econômicos da pandemia de covid-19.

Bolsonaro disse que gostaria de encerrar o mandato com isenção de IR para todos que ganham até 5.000 reais mensais, mas reconheceu que não será possível.

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"Vamos tentar pelo menos em 2022 passar para 3.000", disse Bolsonaro em transmissão semanal ao vivo nas redes socais. "Não conseguimos levar adiante a mudança da tabela do imposto de renda por causa da pandemia."

Atualmente, a isenção do imposto de renda vale para quem recebe até 1.903,98 reais mensais.

Bolsonaro também reforçou que o governo federal não tem planos de aumentar impostos federais. Ele criticou o aumento "em plena pandemia" do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) realizado em São Paulo.

"No meu governo não temos aumento de imposto federal", declarou o presidente.

Ele destacou que a medida tem o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes. O presidente citou ainda que costuma ser responsabilidade pelo aumento de preços de produtos no País, mesmo que sejam aumentos localizados.

"São Paulo aumentou o ICMS em quase tudo", destacou o presidente.

Uma lei aprovada em outubro pela Assembleia Legislativa (Alesp) havia autorizado a redução linear de 20% nos benefícios fiscais concedidos a setores da economia. Por conta da pandemia, no último dia 6, o governo de São Paulo, suspendeu a redução de benefícios no ICMS para alimentos e remédios genéricos.

Em comparação, Bolsonaro citou que o governo federal diminuiu impostos e alíquotas de importação, como para produtos de combate a covid-19.

Segundo Bolsonaro, o seu governo "fez sua parte" durante a crise sanitária do novo coronavírus. "O governo federal fez tudo para ajudar no combate à pandemia", disse.

O presidente voltou a criticar as medidas de restrições para combate à covid-19. Ele afirmou que não foi responsável por ações de fechamento e que o papel do Executivo consistiu em garantir "recursos e meios" para Estados e municípios.

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