Bolsas de NY abrem em queda após dados de emprego
As bolsas de Nova York abriram hoje em queda, depois do dado mostrando que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na última semana caíram menos do que o previsto e que as encomendas dos bens duráveis em dezembro subiram menos do que os economistas esperavam. A votação no Senado, esperada para hoje, da confirmação de […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
As bolsas de Nova York abriram hoje em queda, depois do dado mostrando que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na última semana caíram menos do que o previsto e que as encomendas dos bens duráveis em dezembro subiram menos do que os economistas esperavam. A votação no Senado, esperada para hoje, da confirmação de Ben Bernanke para um segundo mandato à frente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) também está no radar dos investidores. Às 12h36 (de Brasília), o Dow Jones recuava 0,24%, o S&P 500 caía 0,05% e o Nasdaq cedia 0,46%.
As encomendas de bens duráveis, por sua vez, aumentaram 0,3% nos EUA em dezembro na comparação com novembro, para um nível sazonalmente ajustado de US$ 167,91 bilhões, informou o Departamento de Comércio. Analistas projetavam aumento de 2,0%. Em todo o ano passado, as encomendas de bens duráveis despencaram 20,2%.
Em discurso ontem à noite sobre o Estado da União, o presidente norte-americano, Barack Obama, defendeu medidas para criar empregos e esforços redobrados para finalizar a reforma do setor de saúde. Obama também pediu cortes de impostos para ajudar as pequenas empresas a contratarem mais e as companhias em geral a investirem em fábricas e equipamentos.
Pelo plano apresentado pelo presidente norte-americano, US$ 30 bilhões dos fundos de socorro a Wall Street serão destinados a empréstimos a pequenas empresas por meio de bancos comunitários. Obama exortou o Congresso a ajudá-lo a conter o déficit orçamentário recorde, pedindo um congelamento de três anos nos gastos de parte do orçamento federal. Ontem, as ações subiram depois que o Fed anunciou que manterá o juro perto de zero por um período prolongado e usou um tom mais otimista para descrever a recuperação da economia nos EUA.
No campo corporativo, a Ford anunciou que voltou aos lucros: em 2009 teve seu primeiro lucro líquido anual desde 2005, US$ 2,7 bilhões, em comparação com o prejuízo de US$ 14,7 bilhões do ano anterior. A fabricante de celulares Nokia também divulgou lucro trimestral acima do esperado. A empresa apresentou lucro líquido de 948 milhões de euros (US$ 1,3 bilhão) no quarto trimestre de 2009, 64,6% maior que o de 576 milhões de euros de igual período de 2008. A Procter & Gamble anunciou lucro acima do esperado no segundo trimestre, apesar da queda de 7%, e crescimento nas vendas.
A Ford deve continuar atraindo a atenção dos investidores, enquanto a concorrente faz massivo recall de carros da montadora japonesa nos EUA e outros países. A Ford anunciou no fim da manhã que paralisou a produção de seus veículos comerciais na China após descobrir que o pedal do acelerador vem do mesmo fornecedor envolvido no recall da Toyota. As informações são da Dow Jones.