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"Bolsa de NY e Bovespa não são concorrentes", diz executiva da NYSE

Segundo Noreen Culhane, vice-presidente da Bolsa de Nova York (NYSE), ainda há companhias brasileiras com potencial para serem listadas nos EUA

Noreen Culhane acredita que NYSE pode ser vitrine para empresas brasileiras (--- [])
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

Nunca as ações de empresas brasileiras tiveram uma performance tão positiva aos olhos do investidor estrangeiro. Na Bolsa de Nova York, onde estão listadas 31 companhias nacionais, o nível de volume negociado chega a 883 milhões de dólares - quase o dobro do que era negociado há um ano. Esse número tende a aumentar. Segundo a vice-presidente executiva da NYSE, Noreen Culhane, ainda existem empresas brasileiras com potencial para serem listadas na principal bolsa de valores do mundo.

"Existem companhias brasileiras considerando sua entrada na NYSE. Temos conversado com algumas delas e acredito que, se essas empresas estão tendo uma boa performance aqui no Brasil, também terão nos Estados Unidos", disse a executiva, que participa, em São Paulo, da versão latina do Fórum Econômico Mundial.

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O Brasil é o terceiro país com o maior número de empresas listadas em Nova York, atrás apenas de Canadá e Grã-Bretanha. A Aracruz Celulose foi a primeira brasileira a tentar a bolsa americana, em 1992, e hoje praticamente todas as grandes companhias do país estão presentes nos Estados Unidos, através de ADRs. As últimas a entrarem para o grupo foram TAM, Gol e CPFL Energia.

Na visão de Noreen, é falsa a idéia de que a Bolsa de Nova York e a Bovespa são concorrentes. Segundo ela, a NYSE serve como uma espécie de vitrine, que ajuda a chamar atenção para as empresas que conseguem chegar lá. "Acaba sendo um complemento à bolsa local. O fato de estar listada na NYSE faz com que uma empresa conquiste confiança do investidor estrangeiro, que passa a investir localmente também", diz a executiva.

Empresas sólidas

O Brasil, assim como outros países emergentes, vem se beneficiando do alto fluxo de capitais que atualmente circula pela economia mundial. Além do Brasil, a lista das grandes estrelas do momento incluem empresas da Índia, China, África do Sul e Malásia. A executiva da NYSE, porém, é contra a tese de que tudo não passa de uma boa fase internacional. "Sim, o fluxo de capitais é mundial, mas esse dinheiro vai gravitar onde houver boas oportunidades. As empresas brasileiras que vêm atraindo o investidor estrangeiro têm fundamentos sólidos", diz.

Ela admite que riscos macroeconômicos, além de políticos, costumam exercer influência sobre os investidores na hora de analisar empresas estrangeiras. No entanto, Noreen não acredita que seja o caso brasileiro. "Tenho conversado com alguns executivos nacionais e há um certo consenso de que as próximas eleições serão totalmente diferente das anteriores", diz.

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