EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
A bolsa de valores de Nova York (New York Stock Exchange ou NYSE, sigla em inglês) e a bolsa eletrônica Nasdaq anunciaram nesta quarta-feira (29/11) a intenção de fundir suas organizações regulatórias e eliminar regras duplas e inconsistentes.
A fusão proposta, anunciada em uma conferência à imprensa com Christopher Cox, presidente do Securities and Exchange Commission (SEC, órgão semelhante ao CVM do Brasil) pode resultar em uma economia de gastos da ordem de 35.000 dólares para cada um de seus membros. Cerca de 200 empresas estão submetidas à supervisão regulatória tanto da NYSE quanto da Nasdaq. Cox considera a manobra significativa para o mercado de capitais americano. "Estabelecendo um conjunto uniforme de regras e unificando-as em uma só organização vai aumentar a proteção aos investidores e elevar a competitividade nos nossos mercados", diz.
No acordo, o braço regulatório da NYSE continuará a fazer a vigilância do mercado. A Nasdaq será responsável pela supervisão regulatória das corretoras, arbitragem e o treinamento e licenciamento de corretores. A nova organização terá a direção do presidente da Nasdaq, além de executivos das duas entidades e um conselho de 23 membros por um período de transição de três anos. O processo de fusão será concluído no segundo trimestre de 2007.
Segundo o jornal americano The New York Times, os advogados representantes de investidores criticaram a fusão. Para eles, isso impediria seus clientes de escolher entre programas de arbitragem diferentes, o que pode fazer a diferença, dependendo do caso.
As duas organizações, que são supervisionadas pelo SEC, estiveram envolvidas em desordens e escândalos que levantaram questões sobre a sua independência e eficácia.