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BM&F e Bovespa podem se fundir, afirma o Wall Street Journal

Analistas apostam que a abertura de capital da BM&F ajudará num eventual processo de fusão e busca de capitais externos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A abertura de capital da Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&F), destaque do mercado brasileiro de ações nos últimos dias, consolidou caminho para uma possível fusão com a instituição "irmã", a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), afirma o periódico nova-iorquino Wall Street Journal (WSJ), na edição desta quinta-feira (29/11).

Aquecida pela injeção de capital que a oferta pública inicial deve proporcionar - a operação de venda de papéis captou ontem 5,98 bilhões de reais, ante os 6,62 bilhões de reais obtidos pela Bovespa em seu processo de abertura, há pouco mais de um mês - a BM&F ganharia força para negociar a unificação de suas operações com as da Bovespa e, com isso, buscar os benefícios do ganho de escala que a fusão proporcionaria, dizem analistas ouvidos pelo WSJ.

Uma das principais vantagens para as empresas seria a criação de um monopólio das operações com ativos e a redução de custos pela unificação das plataformas de negociação. A medida também aumentaria a atratividade da empresa resultante aos olhos dos investidores estrangeiros, numa fase em que a busca de parceiros torna-se tendência entre as bolsas de todo o mundo.

"A fusão faria do mercado de capitais brasileiro um dos mais fortes do mundo", afirmou ao WSJ um dos sócios da consultoria financeira Equity Research Desk, Diego Perfumo.

Segundo Diego, o fato de 60% a 70% das ações da BM&F já estarem nas mãos das mesmas corretoras que detêm a Bovespa aumenta a possibilidade de um acordo de união.

Parceiros no exterior

A América Latina, nesse contexto de corrida por fusões e participações, é vista como uma nova fronteira, de acordo com o WSJ, e a própria BM&F já tem se aproveitado dessa tendência. Na semana passada, em 20 de novembro, a instituição anunciou a venda de uma fatia de 10% do seu capital, ao preço de 1 bilhão de reais, para o fundo americano General Atlantics, que investe com freqüência em ações de bolsas ao redor do mundo.

Separadamente, o CME Group, responsável pela Bolsa de Mercadorias de Chicago, também fechou acordo para um troca de 2% de suas ações por uma parcela de 10% das ações da BM&F. Uma vez feito o acordo, a BM&F passaria a buscar expansão nos mercados latino-americanos e asiáticos, diz o Wall Street Journal.

Nessas regiões, a valorização dos papéis da BM&F pode se transformar num argumento convincente para parcerias. As expectativas quanto ao desempenho das ações da Bolsa de Mercadorias e Futuros poderão ser confirmadas a partir desta sexta-feira, quando elas começam a ser negociadas. A Bovespa, desde sua estréia no mercado de capitais, já obteve valorização de 32%.

 

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