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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A Oi (ex-Telemar) informou nesta quarta-feira que obteve um financiamento de 4,3 bilhões de reais junto ao Banco do Brasil para o pagamento da aquisição da Brasil Telecom. Por meio da emissão de cédulas de crédito bancário, a Oi aceitou pagar juros equivalentes ao CDI mais 1,30% ao ano para o Banco do Brasil, durante um prazo de oito anos (até 2016). O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a Previ, é um dos principais acionistas tanto da Oi e quanto da Brasil Telecom.
A fusão entre a Oi e a Brasil Telecom, que ainda depende da aprovação pelo governo de mudanças na lei de telecomunicações, já havia contado com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco estatal apoiou a criação da nova tele com 2,57 bilhões de reais, que serão utilizados pelo BNDESPar (braço de participações do BNDES) para a compra de ações da Oi.
No começo do ano a Oi anunciou a compra do controle da Brasil Telecom por 5,86 bilhões de reais. No total, a empresa pode gastar cerca de 15 bilhões de reais na operação, se incluídas ofertas públicas para a recompra de papéis em poder de acionistas minoritários e pagamento de dividendos aos acionistas das empresas. Parte desse dinheiro sairá do caixa da Oi e a outra parte será levantada no mercado interno e externo.
Para analistas, não deverá haver empecilhos legais para a concretização da fusão. Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o banco de investimentos Merrill Lynch afirmou que é improvável que a Anatel crie obstáculos para que fusão siga adiante. Além disso, as duas prisões do banqueiro Daniel Dantas - que vendeu suas ações da Brasil Telecom na operação - ocorridas na semana passada também não devem bloquear o negócio.