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Aumento da Selic só afeta ações no curto prazo

Papéis ligados aos setores de construção e consumo, que dependem de crédito, deverão repercutir o movimento só em um primeiro instante

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (04/06) o segundo aumento seguido da taxa básica de juros no ano. O Copom (Comitê de Política Monetária do BC) decidiu elevar, por unanimidade, a Selic de 11,75% ao ano para 12,25% ao ano, acompanhando a aposta da maioria dos analistas do mercado financeiro. Diante do aumento, o mercado acredita que as ações ligadas aos setores de construção e consumo - que dependem de crédito - deverão repercutir o movimento no curto prazo. No entanto, no médio e longo prazos, e também se não houver um aumento muito expressivo nas próximas decisões do BC, os especialistas acreditam que a possível queda dos papéis será neutralizada e mais, os papéis não deixarão ser uma boa opção de compra para os investidores.

"O cenário não é um motivo para alarde", explica Eduardo Cortez, analista da SLW Corretora. Segundo ele, as altas consecutivas do Copom não têm efeito direto no mercado imobiliário."O que acontece nesse setor é o efeito psicológico, ou seja, as pessoas, diante de um aumento da Selic, ficam com receio de comprar", acrescenta Cortez. O analista acredita ainda que esse setor tem potencial de crescimento e uma das apostas é o segmento focado na baixa renda. Como opção de compra, ele recomenda as ações ordinárias (com direito a voto) da Cyrela ( CYRE3 ) e as da MRV( MRVE3 ).

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Para as ações de empresas ligadas ao setor de consumo, os analistas acreditam que uma alta de 0,5 ponto percentual (p.p) deve servir apenas como um alerta. Em um primeiro momento, esses papéis não são a melhor opção de investimento,  mas em um prazo maior as ações voltarão a subir com próximos resultados das companhias. "O investidor não será penalizado", diz Peter Ping Ho, analista de investimentos da Planner Corretora de Valores. " O consumidor irá perceber que os juros não afetarão a parcela efetivamente paga mensalmente por ele. No fim das contas, o acréscimo nas parcelas seria de centavos e o contexto não seria alterado", explica.

O analista lembra ainda que caso aconteça uma alta maior do que a projetada pelo mercado, de 0,75 p.p, o impacto seria geral, não só para as empresas de ações de consumo de maior evidência, como Lojas Americanas( LAME3 ), Renner ( RNPT4 )e B2W ( BTOW3 ). Como opção de compra, ele recomenda as ações da Lojas Renner ( RNPT4 ) e da Perdigão ( PRGA3 ).

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