Aplicativo nos EUA quer estimular jovens a investir
Um aplicativo de rápido crescimento chamado Stash tenta ganhar dinheiro ao tornar a prática de investir divertida outra vez
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2016 às 19h31.
Nova York - Investir já foi divertido nos EUA. Dava para ouvir a voz da ganância soprando no ouvido dos americanos : "Confie no seu taco! Encare um risco!"
Tudo isso foi arruinado por dois baques: o estouro da bolha de tecnologia e a pior recessão em décadas. De repente, os americanos precisaram ficar sóbrios.
Tinham de se perguntar se dava mesmo para apostar o dinheiro da aposentadoria comprando e vendendo ações diariamente na bolsa.
Tinham de manter a calma. Colocar as economias em fundos de índices, esperar algumas décadas e torcer para que tudo dê certo até a aposentadoria.
Essa abordagem — tão sensata e tão chata — basta para milhões de pessoas prejudicadas pela crise financeira. Mas o que pensa a próxima geração de investidores? Para eles, Pets.com e Lehman Brothers são memórias da infância.
Um aplicativo de rápido crescimento chamado Stash tenta ganhar dinheiro ao tornar a prática de investir divertida outra vez.
Seus fundadores, Brandon Krieg e Ed Robinson, dizem que dá para fazer isso sem incitar a clientela — a maioria da Geração Y — a fazer grandes besteiras.
O Stash comemora seu primeiro aniversário nesta sexta-feira. Já são 215.000 usuários cadastrados e 10.000 se cadastram toda semana. Neste ritmo, a base de usuários vai dobrar nos próximos seis meses.
Muitos deles são novatos sem muito dinheiro sobrando. Enquanto outras opções de investimento exigem aplicação mínima de milhares de dólares, é possível abrir uma conta no Stash com US$ 5.
As corretoras tradicionais geralmente presumem que o cliente sabe a diferença entre uma ação e um título de renda fixa, entre uma large cap e uma small cap.
O Stash presume que seus novos clientes não sabem praticamente nada. O aplicativo oferece somente 36 investimentos, a maioria fundos negociados em bolsa, e que tiveram os nomes trocados para facilitar a vida dos iniciantes.
O Delicious Dividends (Dividendos Deliciosos) é o nome mais atraente que o Stash deu para o Schwab U.S. Dividend Equity ETF.
Roll With Buffett (Ganhe com Buffett) oferece uma fração da Berkshire Hathaway, permitindo que os usuários do Stash — com idade média de 28 anos, sendo 80 por cento com menos de 34 anos de idade — invistam junto com Warren Buffett, o presidente da Berkshire, de 86 anos.
O Stash incentiva as pessoas a investir em temas que compreendam ou com os quais se importam: Clean & Green (Limpo e Verde) foi o apelido dado ao iShares Global Clean Energy ETF.
Defending America (Defendendo a América) é o novo nome do iShares U.S. Aerospace & Defense ETF. Social Media Mania (Mania de Mídias Sociais) dá acesso ao Global X Social Media Index ETF, que acompanha Facebook, Twitter e LinkedIn.
Com capital inicial de US$ 12,25 milhões e 25 funcionários, a sede do Stash é uma única sala em um prédio próximo ao Edifício Flatiron, em Nova York.
O aplicativo ganha dinheiro cobrando uma taxa mensal dos usuários de US$ 1 ou 0,25 por cento ao ano sobre contas com mais de US$ 5.000. Os primeiros três meses são gratuitos.
O dinheiro chega ao Stash em blocos de US$ 20 ou US$ 30, mais ou menos como as doações a Bernie Sanders, que tentou ser candidato à Casa Branca pelo Partido Democrata e tem grande popularidade entre o público jovem.
A companhia afirma ter recebido 750.000 transferências bancárias individuais ao longo do último ano, mas se negou a revelar a quantia em ativos sob gestão.
O usuário médio do Stash ganha US$ 45.000 por ano. Muitos são funcionários da varejista Wal-Mart e dos Correios, motoristas do Uber e soldados, sendo que um em cada oito usuários é militar.
O aplicativo parece conquistar espaço por meio de conversas entre soldados nas bases e navios e até em submarinos, afirmou Robinson.
Darrin Graham, de 25 anos, coloca cerca de US$ 25 por semana em sua conta no Stash e tem dois colegas de Exército que também usam o aplicativo.
Ele tem uma conta separada para a aposentadoria, por meio das Forças Armadas. Ele pensa em sua conta no Stash, atualmente com US$ 620, como “dinheiro para brincar”, uma maneira acessível de aprender a investir.
No começo, ele diz que cometeu erros, escolhendo ETFs do Stash apenas considerando desempenho passado, vendendo quando estavam em queda e não aproveitando a recuperação. Ele conta que está aprendendo a ter “paciência”. “Eu desisti rápido demais.”
Nova York - Investir já foi divertido nos EUA. Dava para ouvir a voz da ganância soprando no ouvido dos americanos : "Confie no seu taco! Encare um risco!"
Tudo isso foi arruinado por dois baques: o estouro da bolha de tecnologia e a pior recessão em décadas. De repente, os americanos precisaram ficar sóbrios.
Tinham de se perguntar se dava mesmo para apostar o dinheiro da aposentadoria comprando e vendendo ações diariamente na bolsa.
Tinham de manter a calma. Colocar as economias em fundos de índices, esperar algumas décadas e torcer para que tudo dê certo até a aposentadoria.
Essa abordagem — tão sensata e tão chata — basta para milhões de pessoas prejudicadas pela crise financeira. Mas o que pensa a próxima geração de investidores? Para eles, Pets.com e Lehman Brothers são memórias da infância.
Um aplicativo de rápido crescimento chamado Stash tenta ganhar dinheiro ao tornar a prática de investir divertida outra vez.
Seus fundadores, Brandon Krieg e Ed Robinson, dizem que dá para fazer isso sem incitar a clientela — a maioria da Geração Y — a fazer grandes besteiras.
O Stash comemora seu primeiro aniversário nesta sexta-feira. Já são 215.000 usuários cadastrados e 10.000 se cadastram toda semana. Neste ritmo, a base de usuários vai dobrar nos próximos seis meses.
Muitos deles são novatos sem muito dinheiro sobrando. Enquanto outras opções de investimento exigem aplicação mínima de milhares de dólares, é possível abrir uma conta no Stash com US$ 5.
As corretoras tradicionais geralmente presumem que o cliente sabe a diferença entre uma ação e um título de renda fixa, entre uma large cap e uma small cap.
O Stash presume que seus novos clientes não sabem praticamente nada. O aplicativo oferece somente 36 investimentos, a maioria fundos negociados em bolsa, e que tiveram os nomes trocados para facilitar a vida dos iniciantes.
O Delicious Dividends (Dividendos Deliciosos) é o nome mais atraente que o Stash deu para o Schwab U.S. Dividend Equity ETF.
Roll With Buffett (Ganhe com Buffett) oferece uma fração da Berkshire Hathaway, permitindo que os usuários do Stash — com idade média de 28 anos, sendo 80 por cento com menos de 34 anos de idade — invistam junto com Warren Buffett, o presidente da Berkshire, de 86 anos.
O Stash incentiva as pessoas a investir em temas que compreendam ou com os quais se importam: Clean & Green (Limpo e Verde) foi o apelido dado ao iShares Global Clean Energy ETF.
Defending America (Defendendo a América) é o novo nome do iShares U.S. Aerospace & Defense ETF. Social Media Mania (Mania de Mídias Sociais) dá acesso ao Global X Social Media Index ETF, que acompanha Facebook, Twitter e LinkedIn.
Com capital inicial de US$ 12,25 milhões e 25 funcionários, a sede do Stash é uma única sala em um prédio próximo ao Edifício Flatiron, em Nova York.
O aplicativo ganha dinheiro cobrando uma taxa mensal dos usuários de US$ 1 ou 0,25 por cento ao ano sobre contas com mais de US$ 5.000. Os primeiros três meses são gratuitos.
O dinheiro chega ao Stash em blocos de US$ 20 ou US$ 30, mais ou menos como as doações a Bernie Sanders, que tentou ser candidato à Casa Branca pelo Partido Democrata e tem grande popularidade entre o público jovem.
A companhia afirma ter recebido 750.000 transferências bancárias individuais ao longo do último ano, mas se negou a revelar a quantia em ativos sob gestão.
O usuário médio do Stash ganha US$ 45.000 por ano. Muitos são funcionários da varejista Wal-Mart e dos Correios, motoristas do Uber e soldados, sendo que um em cada oito usuários é militar.
O aplicativo parece conquistar espaço por meio de conversas entre soldados nas bases e navios e até em submarinos, afirmou Robinson.
Darrin Graham, de 25 anos, coloca cerca de US$ 25 por semana em sua conta no Stash e tem dois colegas de Exército que também usam o aplicativo.
Ele tem uma conta separada para a aposentadoria, por meio das Forças Armadas. Ele pensa em sua conta no Stash, atualmente com US$ 620, como “dinheiro para brincar”, uma maneira acessível de aprender a investir.
No começo, ele diz que cometeu erros, escolhendo ETFs do Stash apenas considerando desempenho passado, vendendo quando estavam em queda e não aproveitando a recuperação. Ele conta que está aprendendo a ter “paciência”. “Eu desisti rápido demais.”