Exame Logo

Alta renda já tem acesso a aplicação que protege de perdas

Papel que substitui as operações estruturadas tem por objetivo proteger investimento de perdas caso cenário econômico seja desfavorável

Itaú Unibanco foi o primeiro banco a registrar um COE, segundo a Cetip (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 15h49.

São Paulo – Entrou em vigor nesta semana a regulamentação do Conselho Monetário Nacional ( CMN ) para os Certificados de Operações Estruturadas (COE), espécie de investimento “à prova de perdas” para investidores mais abastados. Seis operações desse tipo foram registradas nesta primeira semana.

O COE é um título emitido por bancos que encerram em si uma operação estruturada. Antes da regulamentação, as operações estruturadas já existiam, mas eram feitas a partir da combinação de diferentes ativos de renda fixa e variável, de forma independente um do outro.

As operações estruturadas são estratégias que combinam diferentes ativos para proteger o capital do investidor de perdas em cenários econômicos adversos. São, em outras palavras, operações de capital protegido, em que o investidor tem uma perda limitada – ou nula – em um cenário desfavorável.

Por exemplo, uma operação estruturada pode combinar um ativo de renda fixa e um derivativo , usado para proteger o investimento de eventos como a alta do dólar ou a desvalorização de ativos como ações e índices.

Antes do COE, o investidor precisava investir em mais de um ativo por vez, para formar a estrutura. Como se trata de uma espécie de “pacote” de operações, o COE torna a transação mais simples para o investidor, que passa a ter um tratamento tributário único.

Operações estruturadas – e agora o COE – costumam ser oferecidos apenas para investidores de alta renda, como aqueles do segmento “private”, além de investidores institucionais, como fundos de investimento.

A regulamentação para o novo produto financeiro foi publicada no ano passado, mas entrou em vigor no dia 6 de janeiro. Agora toda operação estruturada deve ser registrada na Cetip, que é uma central depositária, de negociação e liquidação de ativos financeiros.

A primeira instituição financeira a registrar um COE na Cetip foi o Itaú Unibanco (por meio do Itaú BBA), que já oferecia operações estruturadas aos seus clientes há quatro anos.

Também registraram COEs nesta semana o Bradesco, o BTG Pactual, o Citibank, o Credit Suisse e o banco Safra. As operações da semana totalizaram 22 milhões de reais e envolveram ativos de câmbio, índices de preços (inflação) e índices de ações.

A regulamentação e o registro conferem maior proteção ao investidor e adequação ao seu perfil de risco. Será mais fácil, para o investidor, entender o que ele de fato está comprando.

Apesar de ter essa característica de proteger o capital investido, o COE, como qualquer outra aplicação financeira, não é imune a riscos. O risco principal é o calote ou quebra da instituição financeira credora – e, ao menos por ora, o COE não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Além disso, pode haver perdas caso a proteção do capital seja apenas parcial, além da perda da oportunidade de fazer investimentos melhores, pois a liquidez é baixa e é difícil sair do investimento a qualquer momento.

Entenda melhor os riscos e as características do COE.

Veja também

São Paulo – Entrou em vigor nesta semana a regulamentação do Conselho Monetário Nacional ( CMN ) para os Certificados de Operações Estruturadas (COE), espécie de investimento “à prova de perdas” para investidores mais abastados. Seis operações desse tipo foram registradas nesta primeira semana.

O COE é um título emitido por bancos que encerram em si uma operação estruturada. Antes da regulamentação, as operações estruturadas já existiam, mas eram feitas a partir da combinação de diferentes ativos de renda fixa e variável, de forma independente um do outro.

As operações estruturadas são estratégias que combinam diferentes ativos para proteger o capital do investidor de perdas em cenários econômicos adversos. São, em outras palavras, operações de capital protegido, em que o investidor tem uma perda limitada – ou nula – em um cenário desfavorável.

Por exemplo, uma operação estruturada pode combinar um ativo de renda fixa e um derivativo , usado para proteger o investimento de eventos como a alta do dólar ou a desvalorização de ativos como ações e índices.

Antes do COE, o investidor precisava investir em mais de um ativo por vez, para formar a estrutura. Como se trata de uma espécie de “pacote” de operações, o COE torna a transação mais simples para o investidor, que passa a ter um tratamento tributário único.

Operações estruturadas – e agora o COE – costumam ser oferecidos apenas para investidores de alta renda, como aqueles do segmento “private”, além de investidores institucionais, como fundos de investimento.

A regulamentação para o novo produto financeiro foi publicada no ano passado, mas entrou em vigor no dia 6 de janeiro. Agora toda operação estruturada deve ser registrada na Cetip, que é uma central depositária, de negociação e liquidação de ativos financeiros.

A primeira instituição financeira a registrar um COE na Cetip foi o Itaú Unibanco (por meio do Itaú BBA), que já oferecia operações estruturadas aos seus clientes há quatro anos.

Também registraram COEs nesta semana o Bradesco, o BTG Pactual, o Citibank, o Credit Suisse e o banco Safra. As operações da semana totalizaram 22 milhões de reais e envolveram ativos de câmbio, índices de preços (inflação) e índices de ações.

A regulamentação e o registro conferem maior proteção ao investidor e adequação ao seu perfil de risco. Será mais fácil, para o investidor, entender o que ele de fato está comprando.

Apesar de ter essa característica de proteger o capital investido, o COE, como qualquer outra aplicação financeira, não é imune a riscos. O risco principal é o calote ou quebra da instituição financeira credora – e, ao menos por ora, o COE não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Além disso, pode haver perdas caso a proteção do capital seja apenas parcial, além da perda da oportunidade de fazer investimentos melhores, pois a liquidez é baixa e é difícil sair do investimento a qualquer momento.

Entenda melhor os riscos e as características do COE.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasBancosCMNFinançasImigração

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Minhas Finanças

Mais na Exame