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Ações da Paranapanema disparam com rumores de venda para a Vale

Salto de dois dígitos nesta terça-feira ainda não é suficiente para recuperar as perdas acumuladas pelos papéis no ano

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

As ações da Paranapanema dispararam na manhã desta terça-feira (1º/7), com a notícia de que a empresa pode ser comprada pela Vale do Rio Doce. Por volta das 11h15, as ações ordinárias da Paranapanema (PMAM3, com direito a voto) saltavam 13,18%, sendo negociadas a 7,30 reais. Já as preferenciais (PMAM4, sem direito a voto) subiam ainda mais - 14,46% -, cotadas a 8,47 reais. O desempenho contrasta com a forte baixa do principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa. No mesmo momento, o indicador recuava 1,63%, a 63.955 pontos. O pregão é influenciado pelo cenário negativo das bolsas européias e pelos índices futuros dos Estados Unidos.

Já os papéis da Vale iniciaram o dia com desempenho pior que o do Ibovespa. As ações ordinárias ( VALE3) recuavam 3,31%, a 55,50 reais; e as preferenciais (VALE5) perdiam 2,81% do valor, cotadas a 46,36%. De acordo com O Estado de S.Paulo, que noticiou o possível negócio, a aquisição foi recebida com cautela pelos analistas. O valor de mercado da Paranapanema é estimado em 1,5 bilhão de reais, o que significa uma operação de pequeno porte para a Vale, que planeja a emissão primária de até 15 bilhões de dólares em ações nos próximos meses - processo que a habilitaria a comprar um ativo de até 60 bilhões de dólares no exterior, segundo os especialistas. Mas os analistas advertem para a pouca compatibilidade entre a estrutura financeira da Paranapanema e da Vale, o que demandar um grande esforço de gestão para integrar as culturas administrativas. O ponto positivo é assinalar para o mercado que a Vale continua apostando na diversificação e expansão de seu portfólio, dentro e fora do país.

A Paranapanema é uma holding que controla a Eluma e a Caraíba Metais, que atuam no mercado de cobre, a Cibrafértil, de fertilizantes, e a Taboca-Mamoré, de estanho e minerais industriais. A forte alta desta terça, porém, ainda não é suficiente para recuperar as perdas acumuladas pelos papéis da empresa neste ano. Na contramão de outras companhias que se beneficiam com a alta mundial do preço das commodities, as ordinárias da Paranapanema acumulam, neste ano, queda de 45,60% até esta segunda. Já as preferenciais caíram 25%, de acordo com a corretora Planner.

O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, assumiu o controle da Paranapanema em 1996, liderando um consórcio de investidores. Desde então, os acionistas já perderam 3 bilhões de reais com a empresa. Só a Previ injetou 1,5 bilhão de reais. Em meados de junho, os acionistas decidiram aportar mais 600 milhões de reais para reestruturar a dívida da empresa, a fim de torná-la mais atraente para potenciais compradores. As dívidas da Paranapanema rondam 1,2 bilhão de reais. Somente a Previ vai injetar mais 150 milhões nesse processo. A Previ também divide, com a Bradespar e a japonesa Mitsui o controle da Vale.

Foco nas subsidiárias

Na tarde desta terça, a Vale comunicou ao mercado que não está negociando a compra da Paranapanema. O interesse da mineradora recai sobre duas controladas da holding: a Caraíba Metais e a Cibrafértil. A Vale também ressaltou que nenhuma proposta formal de aquisição foi apresentada ( clique aqui para ler o comunicado da Vale ).

Com informações da Agência Estado (atualizada às 16h15).

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