Conheça a modalidade de venda que garante a recompra do seu carro
A recompra garantida está na moda e pode ser vantajosa para você, mas há regras
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2017 às 10h34.
Última atualização em 16 de maio de 2017 às 11h11.
As fabricantes buscam soluções para driblar a ainda presente crise. A recompra garantida é uma delas, que visa fidelizar o cliente ao assegurar boas condições na revenda de seu usado e na compra de um zero-quilômetro. No entanto, a prática não é tão simples e varia de acordo com alguns fatores.
A Toyota garante a recompra do veículo por meio do programa Ciclo Toyota, que consiste em uma entrada de 30% do carro novo, o parcelamento em até 36 vezes e uma parcela final que pode variar entre 20% e 50% do total.
Ao finalizar o pagamento das parcelas comuns, a concessionária paga 85% da tabela Fipe do modelo para quitar a parcela residual. O que sobrar desse valor é utilizado como entrada na troca pelo novo.
As vantagens são duas: primeiro, você tem a garantia (e a facilidade) de que seu usado será recomprado pela marca. Segundo, as parcelas intermediárias ficam mais leves, deixando o grosso para ser quitado justamente pelo valor da recompra.
“Para quem quer trocar de automóvel em um curto período, esse tipo de plano é vantajoso, principalmente por ter uma parcela mais acessível”, disse o consultor Paulo Garbossa em outra reportagem a respeito do assunto, quando fizemos uma tabela comparativa com diversos modelos.
Chevrolet, Hyundai, Nissan, Peugeot e VW, além das premium Audi, Mercedes-Benz e, mais recentemente, a Volvo, também têm seus programas de recompra – também chamado de financamento balão.
Mais que o pagamento, os programas têm outras regras a serem seguidas.
No Ciclo Toyota, por exemplo, há até manual disponível na web: o usado deve ter quilometragem inferior a 15.000 km por ano, riscos e amassados não podem passar de 5 cm, trincas em faróis e lanternas não são tolerados, a pintura deve ser original, a manutenções deve estar em dia, eventuais acessórios devem ser originais e o carro deve estar limpo no dia da avaliação, que deve ocorrer em, no máximo, dez dias antes do vencimento da parcela final.
A modalidade, portanto, demanda bastante cuidado com o carro. Se ele não cumprir os requisitos, o comprador terá de refinanciar o saldo devedor (que, lembrando, pode chegar a 50% do valor total) para quitar o financiamento, ou então vender o veículo por conta própria, caso ainda deseje trocá-lo.
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Quatro Rodas.