Minhas Finanças

9 dicas para organizar sua carteira (de dinheiro)

Uma carteira leve ajuda a prevenir dores de cabeça e gastos desnecessários

Menos é mais: evite carregar vários cartões e documentos na carteira (Stock.xchng)

Menos é mais: evite carregar vários cartões e documentos na carteira (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 07h00.

São Paulo – Organização é atributo essencial de quem quer cuidar bem de suas finanças. E não se trata apenas de traçar estratégias de investimentos ou anotar gastos. A organização da própria carteira – a de dinheiro mesmo, não a de investimentos – já pode ajudar e muito no controle das finanças e na prevenção de dores de cabeça com furtos, roubos e golpes. Veja o que especialistas em finanças pessoais dizem sobre a melhor maneira de organizar a sua carteira:

1. Dinheiro: leve no máximo 100 reais

Carregue no máximo 100 reais, em notas de valor alto ou baixo, dependendo do seu perfil. Para os gastadores, o melhor é levar notas de 50 ou até de 100 reais. “Quando você só anda com notas grandes, acaba não gastando com besteira, pois é mais difícil de trocar”, diz o economista Raymundo Magliano Neto, diretor da Expo Money.

Os mais controlados, por sua vez, podem preferir as notas trocadas. “O dinheiro vivo serve para as pequenas despesas, aquelas que você não consegue pagar em cartão”, opina Márcia Dessen, cofundadora do Instituto Brasileiro de Certificação de Planejadores Financeiros (IBCPF).

2. Cartões: um de crédito e um de débito

Um cartão de crédito e um de débito bastam para qualquer despesa. O ideal mesmo seria apenas carregar o cartão de crédito quando se tem certeza de que ele será usado. Mas emergências acontecem, e o plástico pode salvar a pátria. Quem tem vários cartões e carrega todos habitualmente corre mais risco de se esquecer de pagar um deles, de perdê-los ou de perder controle das despesas.

Não existe limite de quantidade de cartões de crédito que uma pessoa pode ter. Mas a maioria dos especialistas em finanças pessoais recomenda apenas um ou, no máximo, dois, para ter duas datas diferentes de vencimento e mais de uma bandeira para aproveitar os benefícios. “Nada de ter vários cartões de loja, isso é ingerenciável”, diz Márcia Dessen.

3. Carregue uma folha de cheque cruzada

Os cheques estão se tornando obsoletos, mas ainda podem ser úteis. Em vez de levar o talão inteiro, o que é arriscado em caso de perda ou roubo da carteira, carregue apenas uma folha de cheque em branco e cruzada para emergências. Pode ser que falte luz bem na hora de pagar a conta do restaurante; ou mesmo que a balada que você quer tanto conhecer não aceite cartões. Nessas horas, o cheque é o salvador. Mas não se esqueça de anotar a despesa no canhoto do talão.

Outra utilidade do cheque é pleitear descontos à vista na hora de comprar produtos mais caros, como eletrodomésticos ou móveis. “O valor à vista tem que ser mais barato do que o parcelado. O desconto deve ser no mínimo de 5%. Mas para obtê-lo, o consumidor precisa usar uma forma de pagamento que não represente custo para o lojista. Nesse caso, dinheiro vivo ou cheque, que é mais seguro”, aconselha Márcia Dessen.

4. Documentos: carteira de motorista original e cópias autenticadas

Não leve todos os seus documentos na carteira. Para quem dirige, a carteira de motorista basta; ela só pode ser apresentada no original, serve como documento de identidade e já vem com o CPF. Quem não tem carteira de motorista pode deixar o RG original em casa e carregar apenas uma fotocópia autenticada em cartório.


Evite deixar a carteira de motorista e os documentos originais do carro dentro do veículo ao estacionar. “É uma concentração do risco”, avalia Márcia Dessen. Para a consultora financeira, o melhor é carregar os documentos originais consigo e deixar no carro uma fotocópia autenticada pelo DETRAN do seu estado. “A polícia aceita essas cópias como sendo autênticas. E se o seu carro for roubado, os documentos originais estarão a salvo”, explica Márcia.

5. Cartões de visita: deixe na carteira apenas os seus

Faça uma faxina periódica na carteira para retirar e organizar os cartões de visita recebidos ao longo do tempo. Salve os telefones mais importantes no celular e guarde os cartões num daqueles arquivos organizadores feitos especialmente para cartões de visita. Caso não queira acumulá-los, anote os contatos numa agenda telefônica de papel.

A mesma dica vale para os cartões do salão de beleza, da academia, das cooperativas de táxi e assim por diante. Quanto aos seus próprios cartões de visita, sempre carregue alguns na carteira. Você nunca sabe quando pode esbarrar com um contato profissional interessante.

6. Deixe os cartões de programas de fidelidade em casa

Programas de fidelidade que permitem ao cliente acumular pontos e descontos sem custo adicional são muito vantajosos. Porém, costumam gerar cartõezinhos que só servem para deixar a carteira ainda mais bagunçada. Informe-se no estabelecimento – mercado, farmácia, livraria – se é possível ao caixa localizar o seu cadastro apenas pelo número do seu CPF. Se sim, deixe os cartõezinhos de fidelidade em casa.

7. Retire os comprovantes de compras regularmente

Comprovantes de compras e cupons fiscais são excelentes para manter controle das despesas. Quem tem o hábito de anotar tudo que gasta deve, pelo menos uma vez por semana, retirar todos aqueles papeizinhos da carteira para atualizar sua planilha de orçamento. É uma ótima maneira de manter o controle das despesas e a organização da carteira.

8. Não se esqueça do cartão do convênio de saúde

Este não deve deixar a carteira jamais. Não importa para onde você vá, acidentes e mal-estares podem acontecer. Caso você fique desacordado, sua carteira do convênio permitirá aos socorristas descobrir para onde você pode ser levado. Outra boa ideia é deixar na carteira o nome e o telefone de alguém a ser avisado em caso de emergência.

9. Carregue os documentos de uso diário, mas retire-os da carteira nos dias de folga

O crachá da empresa, o distintivo ou a identidade funcional são necessários ao dia a dia de trabalho, mas podem ser retirados da carteira ou da bolsa nos dias de folga e nas férias. Essa atitude não só protege o seu documento como também a sua identidade, caso sua profissão seja “visada” por criminosos, como acontece com policiais, juízes e até alguns jornalistas.

Vale transporte eletrônico e vale-refeição podem até permanecer na carteira, mas é prudente deixá-los em casa nos dias de folga, caso não sejam utilizados. Mas não se esqueça de deixá-los em local visível, para não esquecê-los no domingo à noite.

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