40% dos carros nacionais podem ficar mais caros em 2014
Adoção de itens de segurança, que passam a ser obrigatórios em 2014, deve encarecer preço final dos veículos nacionais, especialmente de modelos de entrada
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h53.
São Paulo – Em 2014, pelo menos 40% dos carros nacionais poderão sofrer aumento de preços. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ), esse é o percentual de carros produzidos no Brasil hoje que ainda não vêm com freios ABS de fábrica, item que passará a ser obrigatório como item de série nos modelos fabricados a partir do ano que vem. A inclusão do item nesses veículos pode encarecer seus preços.
Além dos freios ABS, o airbag frontal duplo de fábrica também passará a ser obrigatório. O item já estava presente em 100% dos modelos fabricados no Brasil lançados em 2013, e em 60% do total de carros zero quilômetro nacionais deste ano. Contudo, 40% dos modelos nacionais ano 2013 não vieram com este item de fábrica, e também podem encarecer com a nova obrigatoriedade a partir de 2014.
"O custo para o conjunto ABS e airbag deve ser de aproximadamente 1.100 reais para os consumidores, podendo ser reduzido com o aumento dos ganhos de escala de produção", afirma Milad Kalume Neto, especialista em mercado automotivo e gerente de desenvolvimento de negócios da Jato Dynamics.
Os modelos de entrada devem ser os principais afetados, uma vez que em categorias superiores a maior parte dos carros já costuma trazer os itens de segurança de fábrica.
Dos carros da Volkswagen , por exemplo, atualmente não trazem os itens de série oGol G4, o Novo Gol 1.0, oNovo Voyage 1.0 e aNova Saveiro, que traz os itens de série só a partir da versão Trooper.
De acordo com informações passadas pela assessoria de imprensa da Fiat, apenas os modelosSiena EL e Doblò Cargo ainda não são comercializados com ABS e airbag. Segundo a montadora,o preço médio praticado para inclusão dos itens varia de acordo com o modelo, mas costuma custar entre 700 e 1.000 reais.
A obrigatoriedade dos freios ABS, sistema antitravamento dos freios nas quatro rodas, e do airbag duplo frontal foi determinada pelasresoluções 311 e 312doConselho Nacional de Trânsito (Contran).
Mais segurança
Ainda que os aumentos de preços possam ser uma má notícia para os consumidores , a exigência dos airbags e dos freios ABS é uma medida bastante benéfica do ponto de vista da segurança .
Os freios ABS são considerados mais seguros do que os convencionais pois evitam o travamento das rodas. O sistema impede que o carro perca o atrito com o solo, permitindo aos condutores ter um controle maior sobre o veículo quando os freios são acionados, tanto em pistas secas como molhadas.
Já o airbag é uma bolsa inflável que é acionada quando ocorre umacolisão. Elaamortece o impacto da batida, amenizando as consequências do acidente para os passageiros do carro.
Para o gerente da Jato Dynamics, a adoção do ABS e do airbag é extremamente positiva para o mercado. "As montadoras justificavam a não utilização desses equipamentos de série pois os custos dos veículos aumentariam e perderiam a competitividade no segmento. Estávamos qualificando-os em um nível baixo de equipamentos e, principalmente, segurança. As resoluções do Contran foram, neste sentido extremamente positivas", avalia Kalume.
*Texto atualizado às 17h02 do dia 18/12/2013.
São Paulo – Em 2014, pelo menos 40% dos carros nacionais poderão sofrer aumento de preços. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ), esse é o percentual de carros produzidos no Brasil hoje que ainda não vêm com freios ABS de fábrica, item que passará a ser obrigatório como item de série nos modelos fabricados a partir do ano que vem. A inclusão do item nesses veículos pode encarecer seus preços.
Além dos freios ABS, o airbag frontal duplo de fábrica também passará a ser obrigatório. O item já estava presente em 100% dos modelos fabricados no Brasil lançados em 2013, e em 60% do total de carros zero quilômetro nacionais deste ano. Contudo, 40% dos modelos nacionais ano 2013 não vieram com este item de fábrica, e também podem encarecer com a nova obrigatoriedade a partir de 2014.
"O custo para o conjunto ABS e airbag deve ser de aproximadamente 1.100 reais para os consumidores, podendo ser reduzido com o aumento dos ganhos de escala de produção", afirma Milad Kalume Neto, especialista em mercado automotivo e gerente de desenvolvimento de negócios da Jato Dynamics.
Os modelos de entrada devem ser os principais afetados, uma vez que em categorias superiores a maior parte dos carros já costuma trazer os itens de segurança de fábrica.
Dos carros da Volkswagen , por exemplo, atualmente não trazem os itens de série oGol G4, o Novo Gol 1.0, oNovo Voyage 1.0 e aNova Saveiro, que traz os itens de série só a partir da versão Trooper.
De acordo com informações passadas pela assessoria de imprensa da Fiat, apenas os modelosSiena EL e Doblò Cargo ainda não são comercializados com ABS e airbag. Segundo a montadora,o preço médio praticado para inclusão dos itens varia de acordo com o modelo, mas costuma custar entre 700 e 1.000 reais.
A obrigatoriedade dos freios ABS, sistema antitravamento dos freios nas quatro rodas, e do airbag duplo frontal foi determinada pelasresoluções 311 e 312doConselho Nacional de Trânsito (Contran).
Mais segurança
Ainda que os aumentos de preços possam ser uma má notícia para os consumidores , a exigência dos airbags e dos freios ABS é uma medida bastante benéfica do ponto de vista da segurança .
Os freios ABS são considerados mais seguros do que os convencionais pois evitam o travamento das rodas. O sistema impede que o carro perca o atrito com o solo, permitindo aos condutores ter um controle maior sobre o veículo quando os freios são acionados, tanto em pistas secas como molhadas.
Já o airbag é uma bolsa inflável que é acionada quando ocorre umacolisão. Elaamortece o impacto da batida, amenizando as consequências do acidente para os passageiros do carro.
Para o gerente da Jato Dynamics, a adoção do ABS e do airbag é extremamente positiva para o mercado. "As montadoras justificavam a não utilização desses equipamentos de série pois os custos dos veículos aumentariam e perderiam a competitividade no segmento. Estávamos qualificando-os em um nível baixo de equipamentos e, principalmente, segurança. As resoluções do Contran foram, neste sentido extremamente positivas", avalia Kalume.
*Texto atualizado às 17h02 do dia 18/12/2013.