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Weg (WEGE3) sente efeito de desaceleração da Europa e apresenta queda de receita no 3º trimestre

Faturamento no mercado interno aumentou, mas não compensou contração no exterior; vendas internacionais representam mais da metade da receita da companhia

Weg: a fabricante de motores e equipamentos da indústria de energia subiu 15,43% (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 25 de outubro de 2023 às 09h22.

Última atualização em 25 de outubro de 2023 às 12h19.

A Weg (WEGE3) apresentou lucro líquido de R$ 1,31 bilhão no terceiro trimestre. A linha final do balanço divulgado nesta quarta-feira, 25, ficou 13,3% acima do registrado no mesmo período do ano passado, mas 4,1% abaixo do trimestre anterior O Ebitda teve crescimento anual de 10,9% e queda trimestral de 5,1%. A receita operacional ficou em R$ 8,07 bilhões, 1,2% mais baixa que a do trimestre anterior. O consenso da Refinitiv era de uma receita de R$ 8,47 bilhões.

A queda foi puxada pelo faturamento no mercado internacional, que teve queda trimestral de 4% para R$ 4,248 bilhões. A maior retração de receita ocorreu na Europa, onde a receita da Weg caiu 18,9% frente ao trimestre anterior. O mercado europeu é o segundo mais relevante da Weg no exterior, atrás apenas do da América do Norte.

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A performance da Weg na Europa já vinha sendo um ponto de preocupação entre analistas, dado os números econômicos mais fracos divulgados na região. Na Zona do Euro, por exemplo, os Índices de Gerente de Compras (PMIs, na sigla em inglês) estão em terrenos contracionistas desde julho do ano passado. Na América do Norte, a receita da Weg cresceu 4% frente ao trimestre anterior. No Brasil, que representa 47% da receita da empresa, o faturamento cresceu 2%.

Cautela com ação

O nível de preço da ação e as incertezas sobre o desempenho da companhia no exterior, inclusive, tem sido um dos pontos que tem mantido analistas mais cautelosos em recomendar a compra da empresa. De 13 analistas que cobrem a empresa, menos da metade recomenda a compra, enquanto outros 7 têm recomendação neutra para o papel. Entre as casas com recomendação neutra está o Itaú BBA.

"É provável que o crescimento da empresa continue desacelerando, suas margens continuem caindo e que seu custo de capital próprio aumente, principalmente devido ao movimento dos títulos do Tesouro americano" escreveram os analistas do Itaú em relatório recente.

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