Via Varejo sobe mais de 7% com novo executivo; Bolsa cai pelo 3º dia
Dólar teve a primeira alta em mais de uma semana, aliado aos ganhos no exterior
Tais Laporta
Publicado em 15 de julho de 2019 às 17h23.
Última atualização em 15 de julho de 2019 às 17h30.
A bolsa paulista ainda não recuperou o fôlego perdido desde a aprovação da reforma da Previdência em 1º turno na Câmara e caiu pela terceira sessão seguida. O Ibovespa , principal índice de ações da B3, recuou 0,10% nesta segunda-feira, a 103.802 pontos, derrubado pela baixa dos bancos e da Petrobras.
O índice chegou a oscilar entre altas e baixas ao longo dia, marcado pelo vencimento de opções (contratos no mercado futuro), que influenciou parte da volatilidade dos negócios.
Apesar de o adiamento da votação do segundo turno da reforma para agosto não ser considerado o ideal, o mercado avalia que a votação no primeiro turno demonstra um compromisso com a aprovação de um texto robusto.
"O cenário mais provável é que a Câmara conclua a votação do 2º turno, sem maiores modificações, no início de agosto e a matéria seja enviada ao Senado", destacou a equipe da Brasil Plural, em nota a clientes.
Agentes no mercado também chamaram a atenção para sinalização do relatório da matéria no Senado, de que trabalhará por uma tramitação célere.
Via Varejo salta com chegada de ex-Mercado Livre
A rede de móveis e eletrodomésticos VIA VAREJO avançou mais de 7% nesta sessão, com as ações negociadas em torno de R$ 7. No mês de julho, os papéis da companhia acumulam valorização de mais de 30%. No ano, sobem 60%.
Os investidores continuam 'pagando na frente' uma esperada transformação na empresa com a recente mudança no controle por Michel Klein e o potencial efeito positivo nos papéis do setor de consumo a ser gerado pela queda nos juros.
Mais cedo, a companhia divulgou que trouxe o executivo Helisson Lemos do Mercado Livre para acelerar e consolidar a transformação digital da empresa, fechando assim seu time de executivos da alta liderança da empresa. Para analistas da Guide Investimentos, o executivo é reconhecido no mercado, e tem know how para contribuir com a virada da empresa.
"A medida faz parte da reestruturação da companhia, após recente aquisição de parte do controle da Via Varejo para os Klein. Vemos valor a ser destravado", escreveram em relatório.
A companhia passou por uma troca de controle em junho. O empresário Michael Klein adquiriu 1,6% do capital social da Via Varejo em leilão de venda de ações na B3, tornando-se o maior acionista de referência. O GPA vendeu toda sua participação no capital social da empresa pelo preço de R$ 4,90 por ação, totalizando R$ 2,3 bilhões.
Com a mudança, a varejista quer fazer frente ao rival Magazine Luiza e recuperar a trajetória de sucesso da marca Casas Bahia, que por anos foi referência no varejo nacional.
Dólar quebra sequência de baixa e fecha a R$ 3,75
O dólar quebrou um sequência de quatro quedas e fechou em alta frente ao real nesta segunda-feira, num movimento em grande parte alinhado aos ganhos da moeda no exterior. O dólarcomercial subiu 0,45%, a R$ 3,7563 na venda. É a primeira alta desde 5 de julho, quando a cotação avançou 0,54%.