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Verde reduz posição em ações para a menor desde fevereiro

Com aproximação de eleições americanas, gestora vê preços esticados e relação risco-retorno pior

Luis Stuhlberger: desde 1997, seu fundo multimercado acumula rentabilidade de 2.209,17% (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Luis Stuhlberger: desde 1997, seu fundo multimercado acumula rentabilidade de 2.209,17% (Patricia Monteiro/Bloomberg)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de setembro de 2020 às 12h29.

Última atualização em 9 de setembro de 2020 às 12h47.

A Verde Asset, de Luis Stuhlberger, reduziu a exposição a ações de seu principal fundo multimercado para a menor desde fevereiro, no início da crise provocada pela chegada do coronavírus. Em carta aos investidores, a gestora afirmou decisão levou em consideração a pior relação risco-retorno e “preços mais esticados”.

“Vemos alguns exageros incipientes no mercado. Temos alguns meses complexos pela frente, com a eleição americana dominando o noticiário, e preferimos manter uma postura cautelosa em relação a essa parcela do portfólio”, afirmou a gestora.

Do lado dos estímulos, a Verde vê como uma “mudança de paradigma” a busca pela forma flexível de meta de inflação média. “Essa é uma mudança de profundas implicações no médio prazo para a precificação de todos os ativos.”

Sobre o cenário interno, a gestora acredita que as incertezas sobre a gestão fiscal do país vieram para ficar, o que levou o fundo a zerar as posições de juro real e inflação implícita depois de dois anos. “Não há saídas fáceis, e o elevado nível de endividamento que fica como herança da Covid demanda prêmios de risco mais altos.”

Apesar da questão fiscal, a Verde ainda acredita que há oportunidades no mercado acionário brasileiro “especialmente por conta da recuperação cíclica e preços ainda atraentes”.

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