Vendas da Rossi despencam 49% e ações caem

A queda de 49% nas vendas da Rossi Residencial do terceiro para o quarto trimestre de 2008 surpreendeu o mercado nesta quarta-feira (4/1). Após o término do pregão, a construtora divulgou dados preliminares das vendas nos últimos três meses do ano passado, evidenciado que o recuo na comercialização de imóveis foi muito superior aos 25% previstos pela companhia. De outubro a dezembro, as vendas somaram 275,7 milhões de reais, ante 538,9 milhões de reais registrados no trimestre anterior.

Poucos minutos antes do encerramento dos negócios, o banco UBS Pactual divulgou relatório informando que as vendas da Rossi nos últimos três meses do ano ficariam próximas de 300 milhões de reais, abaixo de sua projeção inicial de 400 milhões de reais. A informação foi suficiente para provocar uma queda de 16,7% nas ações ( RSID3 ), devolvendo quase todo o ganho acumulado nas últimas duas semanas. Entre os dias 22 de janeiro e 3 de fevereiro, os papéis da Rossi tiveram 15,7% de valorização.

A confirmação das projeções do UBS Pactual mantém as ações da Rossi em queda nesta quinta-feira. Às 14h12, os papéis recuavam 2,01%, para 3,91 reais. A corretora do Itaú afirmou, em relatório, que as ações da Rossi devem continuar pressionadas no curto prazo devido ao resultado "pobre" do quarto trimestre. Para os analistas Tomas Awad e David Lawant, investir nas ações da Cyrela e da Gafisa é mais interessante do que nos papéis da Rossi. Por isso, a construtora teve sua recomendação rebaixada pelo Itaú de "outperform" (com potencial de valorização acima da média do mercado) para "market perform" (valorização na média do mercado).

Nem mesmo os números positivos divulgados pela companhia não foram suficientes para animar os investidores. Os lançamentos do quarto trimestre superaram os do terceiro em 10,5%, somando 572,5 milhões de reais. Em 2008, os lançamentos somaram 2,7 bilhões de reais, valor 10% superior ao de 2007.Já as vendas cresceram 38% em relação a 2007, totalizando 2,2 bilhões de reais.