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Tóquio cai 0,6% com pessimismo sobre crise nuclear

Índice contraria a tendência da semana anterior, que demonstrava maior otimismo sobre o Japão

O efeito dos incidentes nucleares tem reflexos psicológicos sobre investidores (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2011 às 06h50.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio fechou em queda, com o pessimismo acerca da atual crise nuclear do país e as preocupações com o impacto sobre o balanço das empresas. As ações da Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina nuclear de Daiichi, em Fukushima, despencaram para o menor valor em 31 anos. O índice Nikkei 225 recuou 57,60 pontos, ou 0,6%, e fechou aos 9.478,53 pontos.

Depois de abrir no território positivo, o Nikkei rapidamente inverteu sua trajetória em meio aos esforços das autoridades diante da crise nuclear. Ao longo do final de semana, poças de água radioativa no interior e ao redor do complexo nuclear de Daiichi continuaram a retardar os esforços para deixar a instalação sob controle.

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Na manhã desta segunda-feira, a Tepco informou que a concentração de substâncias radioativas na piscina do reator número 2 estava cerca de 100 mil vezes acima do habitual, corrigindo uma estimativa anterior, que apontava níveis 10 milhões de vezes acima do normal. Outro terremoto, de 6,5 graus na escala Richter, sacudiu a província de Miyagi, no nordeste do Japão, antes da abertura da Bolsa, mas a empresa disse que o tremor não deveria afetar o trabalho de restauração das funções de resfriamento dos reatores.

"A questão da usina tem um peso psicológico sobre o mercado e os investidores estão tendo dificuldade para achar a direção, em meio à incerteza em relação aos balanços", disse Naoki Fujiwara, administrador de fundos da Shinkin Asset Management. "O atual conflito na Líbia e as preocupações com um possível socorro a Portugal também pesam sobre o mercado futuro", acrescentou Takuya Yamada, administrador de carteiras da ITC Investment Partners. "A sólida recuperação econômica dos EUA está fornecendo um certo conforto, mas ainda é muito cedo para ser otimista." As informações são da Dow Jones

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