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Temor de que fusão com BB não saia derruba ação da Nossa Caixa

Papéis recuaram 12% no pregão desta quarta-feira e anularam os ganhos no ano

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2010 às 21h19.

 A valorização acumulada pelas ações da Nossa Caixa <a href="http://www.investinfo.com.br/abrilexame/Highlights.aspx?acao=BNCA3" target="_blank"><strong>(BNCA3)</strong></a> neste ano com a expectativa de fusão com o Banco do Brasil desapareceu nesta quarta-feira (8/10). Temendo que o negócio não aconteça, os investidores decidiram se desfazer do papel, fazendo com que a cotação voltasse ao patamar anterior ao anúncio da operação. As ações fecharam cotadas a 24,10 reais, registrando queda de 12,36%.</p> 

De acordo com o diretor de Renda Variável e Multimercado da Unibanco Asset Management, Ronaldo Patah, para o mercado há o risco de o Banco do Brasil não conseguir levantar recursos suficientes para financiar a operação devido à crise internacional ( ouça a entrevista ). Se isso acontecer, as ações da Nossa Caixa poderão sofrer tanto quanto as da Agra, que despencaram mais de 80% após a Cyrela desistir da aquisição.

A intenção de incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil foi anunciada em maio, provocando muita discussão no setor. Bancos como Bradesco, Itaú, Unibanco e Santander questionaram as condições de venda do banco paulista, sugerindo a realização de um leilão para que outras instituições pudessem disputar o controle da Nossa Caixa.

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O assunto esquentou ainda mais quando surgiram no mercado informações de que a venda da Nossa Caixa entraria nas negociações para renovação das licenças das usinas hidrelétricas da Companhia Energética de São Paulo (Cesp).  O governo descartou essa possibilidade, mas o negócio continuou indefinido.

Em junho, o Banco do Brasil contratou a consultoria Accenture para avaliar a situação contábil e financeira do banco, dando início aos trabalhos para incorporação da Nossa Caixa. Dois meses depois, foi a vez da Nossa Caixa contratar a assessoria de dois grandes bancos -  JP Morgan e  Morgan Stanley - para a elaboração de um laudo de avaliação. No mês passado, entretanto, o presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, afirmou que as negociações para a aquisição da Nossa Caixa ainda não estavam fechadas.

Embora nenhum dos bancos tenha sinalizado desistência do negócio, o mercado questiona se será viável levantar dinheiro suficiente para a operação. O Banco do Brasil havia informado que  pretende financiar a incorporação pela emissão de ações e aumento de capital.

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