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Taxas futuras de juros sobem com correção pós Copom

O Banco Central surpreendeu parte do mercado ao elevar a Selic em 0,5 ponto porcentual, para 10,50%


	Prédio da Bovespa, em São Paulo: por volta das 9h25 a taxa do DI para abril de 2014 marcava 10,420%, de 10,278% no ajuste de ontem
 (Nacho Doce/Reuters)

Prédio da Bovespa, em São Paulo: por volta das 9h25 a taxa do DI para abril de 2014 marcava 10,420%, de 10,278% no ajuste de ontem (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 09h33.

São Paulo - Os juros futuros abriram em alta nesta quinta-feira pós reunião do Copom, com o ajuste de posições após o Banco Central ter surpreendido parte do mercado ao elevar a Selic em 0,5 ponto porcentual, para 10,50%. O resultado das vendas no varejo em novembro, que ficou no teto das expectativas, também colabora para esse movimento.

Por volta das 9h25 a taxa do DI para abril de 2014 marcava 10,420%, de 10,278% no ajuste de ontem. O DI Para janeiro de 2015 apontava 10,91%, de 10,74% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 estava em 12,38%, de 12,32% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 caía para 13,00%, de 13,01%.

Ontem, o Copom decidiu manter o ritmo atual de aperto monetário iniciado em abril de 2013, por unanimidade, o que surpreendeu parte do mercado - que estava dividido - e também os analistas, que esperavam um aumento menor nos juros, de 0,25 pp. A inclusão da expressão "neste momento" no comunicado sugere que o atual ciclo de aperto pode estar mais perto do fim, apesar de haver um aumento nas apostas do mercado para as reuniões de fevereiro e abril, de ao menos 0,25 pp.

"A introdução do termo 'neste momento' no mínimo reduz a chance de a Selic subir mais 50 pontos-base no próximo encontro", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. Já o economista-chefe do Banco J.Safra, Carlos Kawall, disse que o Banco Central avaliará "com cuidado" o que acontecerá até fevereiro, quando ocorre novo encontro do Comitê. "Mas ainda acho mais provável que haja nova alta de 0,50 ponto porcentual em fevereiro, com uma alta de 0,25 ponto em abril encerrando o ciclo de aperto monetário", completou.

Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas no varejo tiveram alta mensal de 0,70% e elevação anual de 7,00% em novembro, superando a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 0,45% e 6,30%, respectivamente. As vendas no varejo ampliado tiveram ganho mensal de 1,30% e avanço anual de 5,70%, também acima da mediana das previsões, de 0,35% e 4,20%, respectivamente.

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