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Taxas de juros fecham em alta por otimismo com EUA

Nem mesmo a queda do dólar à tarde mudou a trajetória dos juros, que não tiveram o referencial dos Treasuries, devido ao feriado do Dia de Colombo

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (31.295 contratos) marcava 9,534% (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 17h17.

São Paulo - As taxas futuras de juros , em meio a um volume pequeno de negócios, terminaram em alta nesta segunda-feira, 14, sobretudo os vencimentos intermediários e longos.

Nem mesmo a queda do dólar à tarde mudou a trajetória dos juros, que não tiveram o referencial dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, devido ao feriado do Dia de Colombo.

Segundo profissionais da área de renda fixa, relatos sobre um avanço nas negociações para um acordo fiscal nos EUA e a cautela antes de uma série de informações a serem conhecidas no Brasil nos próximos dias, incluindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), deram sustentação às taxas na reta final do pregão.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (31.295 contratos) marcava 9,534%, de 9,540% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (171.970 contratos) indicava taxa de 10,38%, de 10,35% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (46.090 contratos) apontava máxima de 11,26%, ante 11,20%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 1.050 contratos) estava na máxima de 11,76%, ante 11,70% no ajuste anterior.

Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, declarações otimistas de autoridades norte-americanas sobre um avanço nas negociações em relação ao impasse fiscal nos EUA deram apoio às taxas de juros. "A agenda está fraca de indicadores e o mercado de Treasuries está fechado. Mas há notícias positivas nos EUA. O (presidente) Barack Obama disse que houve avanço nas negociações", pontuou.

Um operador lembrou que as taxas de juros acompanharam o dólar pela manhã, quando passaram a subir na esteira do movimento da moeda dos EUA. No entanto, o mercado não acompanhou o câmbio à tarde. "Houve uma certa cautela diante de todos os indicadores a serem conhecidos esta semana, incluindo a ata do Copom. Além disso, o fluxo de negócios está muito fraco, o que ajudou a distorcer essa correlação entre juros e dólar", afirmou. O dólar terminou cotado a R$ 2,175 no mercado à vista de balcão, em queda de 0,23%.

A agenda semanal prevê dados de atividade e inflação que podem influenciar a dinâmica dos juros. Entre eles, estão vendas no varejo em agosto, na terça-feira, 15, Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de outubro, na quarta-feira, 16, e segunda prévia do IGP-M e Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 15 (IPCA-15) de outubro, na sexta-feira, 18. Para quarta, é esperado ainda o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br).

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São Paulo - As taxas futuras de juros , em meio a um volume pequeno de negócios, terminaram em alta nesta segunda-feira, 14, sobretudo os vencimentos intermediários e longos.

Nem mesmo a queda do dólar à tarde mudou a trajetória dos juros, que não tiveram o referencial dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, devido ao feriado do Dia de Colombo.

Segundo profissionais da área de renda fixa, relatos sobre um avanço nas negociações para um acordo fiscal nos EUA e a cautela antes de uma série de informações a serem conhecidas no Brasil nos próximos dias, incluindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), deram sustentação às taxas na reta final do pregão.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (31.295 contratos) marcava 9,534%, de 9,540% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (171.970 contratos) indicava taxa de 10,38%, de 10,35% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (46.090 contratos) apontava máxima de 11,26%, ante 11,20%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 1.050 contratos) estava na máxima de 11,76%, ante 11,70% no ajuste anterior.

Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, declarações otimistas de autoridades norte-americanas sobre um avanço nas negociações em relação ao impasse fiscal nos EUA deram apoio às taxas de juros. "A agenda está fraca de indicadores e o mercado de Treasuries está fechado. Mas há notícias positivas nos EUA. O (presidente) Barack Obama disse que houve avanço nas negociações", pontuou.

Um operador lembrou que as taxas de juros acompanharam o dólar pela manhã, quando passaram a subir na esteira do movimento da moeda dos EUA. No entanto, o mercado não acompanhou o câmbio à tarde. "Houve uma certa cautela diante de todos os indicadores a serem conhecidos esta semana, incluindo a ata do Copom. Além disso, o fluxo de negócios está muito fraco, o que ajudou a distorcer essa correlação entre juros e dólar", afirmou. O dólar terminou cotado a R$ 2,175 no mercado à vista de balcão, em queda de 0,23%.

A agenda semanal prevê dados de atividade e inflação que podem influenciar a dinâmica dos juros. Entre eles, estão vendas no varejo em agosto, na terça-feira, 15, Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de outubro, na quarta-feira, 16, e segunda prévia do IGP-M e Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 15 (IPCA-15) de outubro, na sexta-feira, 18. Para quarta, é esperado ainda o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br).

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