SulAmérica: venda para um banco é a melhor saída para minoritários, diz Fator
Operação faria parte do plano de reestruturação do banco holandês ING
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 15h07.
São Paulo – O ING, instituição financeira holandesa deixará a atividade de seguros em todo o mundo, o que inclui a participação de 36% no capital da seguradora brasileira SulAmérica (SULA11), conforme informa reportagem do jornal Valor Econômico. “Esta venda da participação do ING não é novidade, pois em função da crise nos mercados internacionais o banco holandês apresentou plano de reestruturação, que inclui a venda de investimentos em atividades que não são core business, com o objetivo de reduzir a alavancagem financeira e adequar a estrutura de capital”, lembra a Fator Corretora.
O relatório assinado por Iago Whately, entretanto, considera algumas hipóteses sobre como o ING poderia vender a participação. Para ele, o principal fator que decidirá o destino da participação é a posição da família Larragoiti, controladora da empresa.
“No caso da família decidir vender do controle, acreditamos que a SulAmérica será vendida a uma instituição financeira, que incorporará a carteira e ampliará o potencial de distribuição com o acesso ao canal bancário. Essa é a hipótese mais interessante aos acionistas minoritários, em função de eventual prêmio na competição pelo ativo, tag along de 100% e ampliação da posição competitiva da seguradora”, avalia Whately.
Ainda de acordo com o analista, caso a família decida permanecer com o controle, a SulAmérica deverá continuar como a única seguradora independente entre as grandes do setor, o que enfraquece sua posição competitiva na distribuição de seguros massificados. “Uma alternativa possível seria uma transação nos moldes de outros negócios que ocorreram no setor, Porto Seguro/Itaú Unibanco e OdontoPrev/Bradesco, nos quais a família permaneceria à frente do negócio no primeiro momento, mas o controle seria transferido gradativamente para o comprador”, destaca o analista.
A Fator Corretora classifica as units da SulAmérica como “não atraente”, com preço-alvo (dez/10) de 14,10 reais.