Soros segura dinheiro em mãos por não ter onde investir
Falta de clareza nos mercados fez o fundo do megainvestidor reduzir suas apostas em ações, câmbio, commodities e títulos
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2011 às 17h14.
São Paulo – O megainvestidor George Soros botou o pé no freio na hora de decidir aonde alocar os recursos aplicados em seus fundos de investimentos. A falta de clareza nos mercados financeiros globais fez o bilionário reduzir o montante que é investido em ações, câmbio, commodities e bônus.
Keith Anderson, que gerencia 25,5 bilhões de dólares no fundo Quantum Endowment da gestora de recursos de Soros (a Soros Fund Management), viu seu portfólio contabilizar uma perda de 6% na metade de junho, segundo duas fontes próximas ao executivo citadas pela Bloomberg. Como resultado, o fundo está agora com 75% do dinheiro paralisado, sem ter onde investir.
O fundo privado Louis Bacon da Moore Capital, que gerencia 15 bilhões de dólares em ativos, também sofreu perda de 6% até o final de junho, especialmente em maio, disseram à Bloomberg investidores que pediram anonimato.
Os esforços contínuos da China para controlar a inflação, somados à crise de dívida pública que abala diversos países da Europa e os Estados Unidos, têm tornado o cenário macroeconômico global “muito mais desconcertante e muito menos previsível do que no auge da crise financeira em 2008”, disse Soros durante uma conferência em abril.
“Os mercados estão instáveis. Não há um colapso imediato e nenhuma solução imediata”, acrescentou perplexo o megainvestidor, conhecido por lucrar 1 bilhão de dólares ao apostar contra a libra esterlina em 1992.
Aproximadamente 18% dos gestores de recursos, incluindo fundos de hedge, estão com mais dinheiro em mãos do que em diferentes tipos de aplicações. Trata-se do maior nível já visto em 12 meses, segundo estudo divulgado pelo Bank of America Merrill Lynch (BofA) em junho e citado pela Bloomberg.
Fundos como o de Soros e o da Moore Capital, que seguem as tendências macroeconômicas através da compra de ações, bônus, moedas e commodities, têm registrado em 2011 a pior performance em comparação aos demais fundos de hedge, contabilizando uma queda de 2,25% ao final de junho, de acordo com pesquisa da Hedge Fund Research.
O estudo apontou que os gestores perderam as expectativas de que o euro iria cair frente ao dólar e que a diferença (yield) dos títulos do Tesouro dos EUA iria aumentar. Além disso, alguns de alocadores de ativos ficaram receosos diante da queda nos preços do petróleo e das commodities em maio.
São Paulo – O megainvestidor George Soros botou o pé no freio na hora de decidir aonde alocar os recursos aplicados em seus fundos de investimentos. A falta de clareza nos mercados financeiros globais fez o bilionário reduzir o montante que é investido em ações, câmbio, commodities e bônus.
Keith Anderson, que gerencia 25,5 bilhões de dólares no fundo Quantum Endowment da gestora de recursos de Soros (a Soros Fund Management), viu seu portfólio contabilizar uma perda de 6% na metade de junho, segundo duas fontes próximas ao executivo citadas pela Bloomberg. Como resultado, o fundo está agora com 75% do dinheiro paralisado, sem ter onde investir.
O fundo privado Louis Bacon da Moore Capital, que gerencia 15 bilhões de dólares em ativos, também sofreu perda de 6% até o final de junho, especialmente em maio, disseram à Bloomberg investidores que pediram anonimato.
Os esforços contínuos da China para controlar a inflação, somados à crise de dívida pública que abala diversos países da Europa e os Estados Unidos, têm tornado o cenário macroeconômico global “muito mais desconcertante e muito menos previsível do que no auge da crise financeira em 2008”, disse Soros durante uma conferência em abril.
“Os mercados estão instáveis. Não há um colapso imediato e nenhuma solução imediata”, acrescentou perplexo o megainvestidor, conhecido por lucrar 1 bilhão de dólares ao apostar contra a libra esterlina em 1992.
Aproximadamente 18% dos gestores de recursos, incluindo fundos de hedge, estão com mais dinheiro em mãos do que em diferentes tipos de aplicações. Trata-se do maior nível já visto em 12 meses, segundo estudo divulgado pelo Bank of America Merrill Lynch (BofA) em junho e citado pela Bloomberg.
Fundos como o de Soros e o da Moore Capital, que seguem as tendências macroeconômicas através da compra de ações, bônus, moedas e commodities, têm registrado em 2011 a pior performance em comparação aos demais fundos de hedge, contabilizando uma queda de 2,25% ao final de junho, de acordo com pesquisa da Hedge Fund Research.
O estudo apontou que os gestores perderam as expectativas de que o euro iria cair frente ao dólar e que a diferença (yield) dos títulos do Tesouro dos EUA iria aumentar. Além disso, alguns de alocadores de ativos ficaram receosos diante da queda nos preços do petróleo e das commodities em maio.