Exame Logo

Sinais de um novo corte de juro podem ajudar a Bovespa

O Ibovespa abriu em queda de 0,23%, abaixo dos 63 mil pontos

Pregão da Bovespa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 11h01.

São Paulo - Os sinais do Comitê de Política Monetária (Copom) de que o ciclo de afrouxamento monetário talvez não tenha terminado pode beneficiar a Bovespa nesta quinta-feira, mas o exterior segue no radar dos negócios. Já que os próximos passos do Banco Central (BC) devem ficar mais claros somente após a divulgação da ata do encontro de ontem, na semana que vem, os investidores devem optar por esperar para fazer ajustes mais fortes e a agenda econômica dos Estados Unidos passa a ser o condutor do dia. O Ibovespa abriu em queda de 0,23%, abaixo dos 63 mil pontos.

Ontem, o Copom reduziu, por unanimidade, a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual, para 9% ao ano. Mas a surpresa ficou por conta do comunicado que acompanhou a decisão, no qual o BC afirmou que "permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação".

Na avaliação do analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira, "o comunicado apresentou sinais de que existe espaço para cortes adicionais". Na ata do encontro anterior, de março, o BC indicou que a Selic iria situar-se em patamar ligeiramente acima da mínima histórica de 8,75% ao ano e o mercado passou a trabalhar com um piso de 9% para a taxa.

Para o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista, por enquanto, é só suposição de mercado. Um consenso pode ser formado a partir da quinta-feira da semana que vem, quando será divulgada a ata da reunião de ontem. "Talvez venham um ou dois cortes pequenos", diz.

Seja como for, o juro mais baixo é favorável aos negócios na Bolsa. "As apostas de cortes adicionais devem se intensificar, trazendo fluxo positivo para a Bolsa e principalmente para as ações ligadas ao mercado interno. Porém, será necessário a leitura da ata do Copom na semana que vem para fazer maiores inferências", afirmou Oliveira em relatório distribuído nesta manhã.

Ainda no comunicado da decisão de ontem, o BC cita que "dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária". Assim, o cenário internacional continua sendo observado.

Os mercados do exterior iniciaram o dia sem uma direção definida, repercutindo o leilão de títulos da Espanha e os primeiros dados norte-americanos divulgados. Hoje, Espanha e França venderam bônus, sendo que o governo espanhol vendeu acima do intervalo pretendido, mas teve de pagar yield (retorno ao investidor) mais alto do que no leilão anterior para os papéis de 10 anos. Já a França vendeu quase tudo, com yield médio inferior a 2% nos vencimentos de 2014, 2015 e 2017.

Nos Estados Unidos, já foi anunciado que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 2 mil, para 386 mil, após ajustes sazonais, na semana até 14 de abril. A expectativa era de queda de 5 mil solicitações, para 375 mil.

São Paulo - Os sinais do Comitê de Política Monetária (Copom) de que o ciclo de afrouxamento monetário talvez não tenha terminado pode beneficiar a Bovespa nesta quinta-feira, mas o exterior segue no radar dos negócios. Já que os próximos passos do Banco Central (BC) devem ficar mais claros somente após a divulgação da ata do encontro de ontem, na semana que vem, os investidores devem optar por esperar para fazer ajustes mais fortes e a agenda econômica dos Estados Unidos passa a ser o condutor do dia. O Ibovespa abriu em queda de 0,23%, abaixo dos 63 mil pontos.

Ontem, o Copom reduziu, por unanimidade, a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual, para 9% ao ano. Mas a surpresa ficou por conta do comunicado que acompanhou a decisão, no qual o BC afirmou que "permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação".

Na avaliação do analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira, "o comunicado apresentou sinais de que existe espaço para cortes adicionais". Na ata do encontro anterior, de março, o BC indicou que a Selic iria situar-se em patamar ligeiramente acima da mínima histórica de 8,75% ao ano e o mercado passou a trabalhar com um piso de 9% para a taxa.

Para o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista, por enquanto, é só suposição de mercado. Um consenso pode ser formado a partir da quinta-feira da semana que vem, quando será divulgada a ata da reunião de ontem. "Talvez venham um ou dois cortes pequenos", diz.

Seja como for, o juro mais baixo é favorável aos negócios na Bolsa. "As apostas de cortes adicionais devem se intensificar, trazendo fluxo positivo para a Bolsa e principalmente para as ações ligadas ao mercado interno. Porém, será necessário a leitura da ata do Copom na semana que vem para fazer maiores inferências", afirmou Oliveira em relatório distribuído nesta manhã.

Ainda no comunicado da decisão de ontem, o BC cita que "dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária". Assim, o cenário internacional continua sendo observado.

Os mercados do exterior iniciaram o dia sem uma direção definida, repercutindo o leilão de títulos da Espanha e os primeiros dados norte-americanos divulgados. Hoje, Espanha e França venderam bônus, sendo que o governo espanhol vendeu acima do intervalo pretendido, mas teve de pagar yield (retorno ao investidor) mais alto do que no leilão anterior para os papéis de 10 anos. Já a França vendeu quase tudo, com yield médio inferior a 2% nos vencimentos de 2014, 2015 e 2017.

Nos Estados Unidos, já foi anunciado que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 2 mil, para 386 mil, após ajustes sazonais, na semana até 14 de abril. A expectativa era de queda de 5 mil solicitações, para 375 mil.

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame