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Sem NY, câmbio se concentra em rolagem e dólar recua

Mercado doméstico de câmbio devem se concentrar na rolagem de contratos futuros na BM&FBovespa

Sem a referência da principal praça de negócios no exterior, o volume de operações no mercado à vista pode diminuir um pouco (Oscar Siagian/AFP)
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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 09h58.

São Paulo - Com o fechamento dos mercados em Nova York devido à passagem do furacão Sandy na costa leste dos Estados Unidos, os negócios no mercado doméstico de câmbio devem se concentrar na rolagem de contratos futuros na BM&FBovespa. Como hoje é véspera de formação da taxa Ptax de fim de mês, a pressão dos vendidos em derivativos cambiais já é percebida.

No mercado futuro, às 9h44, o dólar para novembro de 2012 recuava 0,05%, a R$ 2,033 - na máxima. A mínima, na abertura, ficou em R$ 2,0310 (-0,15%).

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Já o dólar à vista abriu estável, a R$ 2,033 no balcão e atingiu mínima em R$ 2,032 (-0,05%). Sem a referência da principal praça de negócios no exterior, o volume de operações no mercado à vista pode diminuir um pouco, disse um operador de um banco. Segundo ele, é esperado que o dólar oscile perto da estabilidade, uma vez que encerrou ontem cotado a R$ 2,0330 no balcão, na máxima do dia e num patamar de preço considerado confortável pelo mercado. Não há expectativa imediata de intervenção do Banco Central, afirmou.

No exterior, o dólar está em queda ante o euro e o iene, enquanto as Bolsas europeias sobem e a ampliação do programa de compra de ativos pelo Banco do Japão (BoJ) hoje foi considerada tímida por alguns traders.

Em Nova York, a New York Stock Exchange (Nyse), a Nasdaq e a BATS informaram que não vão operar hoje. O CME Group informou que o mercado de futuros de juros vai abrir nesta terça-feira (31). Já os futuros de índices de ações abriram ontem, às 20h, e fecham hoje, às 11h15. O CME disse ainda que o viva-voz da Nymex em Nova York estará fechado. O mercado de títulos do Tesouro dos EUA também não vai operar por recomendação da Associação da Indústria de Títulos e Mercados Financeiros.

Na zona do euro, as vendas no varejo tiveram forte queda em outubro ante setembro. Já na Espanha, a inflação está em alta. O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de varejo da zona do euro caiu para 45,3 em outubro, da máxima em três meses de 47,1 atingida em setembro, segundo dados da Markit. O número ficou abaixo da média do terceiro trimestre, de 46,0. Enquanto isso, na Espanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) anual subiu 3,5% em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estatísticas (INE). O dado de setembro foi revisado para alta de 3,4%, em vez de +3,5% como calculado anteriormente. O CPI harmonizado também teve avanço anual de 3,5% em outubro, o mesmo de setembro.

No Japão, o iene teve forte valorização sobre o dólar e o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio recuou hoje para a pior pontuação em duas semanas (8.841,98 pontos), após o anúncio do resultado da reunião de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). A ampliação do programa de compra de ativos do BoJ em 11 trilhões de ienes (US$ 138 bilhões) - incluindo 1 trilhão de ienes em ativos de riscos como os fundos ETF - veio em linha com as expectativas do mercado. Mas os investidores contavam com uma flexibilização um pouco maior por parte do BoJ, segundo os traders. O enfraquecimento da economia japonesa em setembro, quando houve forte queda na produção industrial, também pesou sobre o sentimento negativo dos mercados. Às 9h21, o euro estava em US$ 1,2955, ante US$ 1,2904 no fim da tarde de ontem. O dólar caía a 79,43 ienes, de 79,80 ienes ontem.

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